Universitárias são vítimas de homofobia e agredidas durante calourada da  UFRN 
De Rodrigo Matoso para a redação do  DIARIODENATAL.COM.BR
A  estudante universitária do curso de Administração, Neiara Oliveira, 22 anos, foi  vítima de homofobia no fim da noite dessa segunda-feira (21), por volta das 23h,  durante a comemoração da calourada da Universidade Federal do Rio Grande (UFRN),  próximo ao anfiteatro e um local conhecido como paredões de som. De acordo com a  estudante, tudo aconteceu no instante em que ela estava acompanhada de sua  namorada e mais dois amigos, até que os rapazes saíram para cumprimentar  conhecidos em um outro local.
Segundo Neiara, ela foi dançar com a sua namorada, uma estudante de  arquitetura da Universidade Potiguar, e começaram a trocar beijos. De repente,  elas foram abordadas por quatro rapazes bem aparentados, que iniciaram piadas em  tom de deboches. “Eles ameaçaram filmar o nosso momento de descontração e  seguiram com piadas. Logo a seguir, um deles, o agressor, foi ao meu ouvido e  soltou palavras ofensivas”, disse.
A  partir de então, Neiara puxou a sua namorada do tumulto e tomou satisfações com  o rapaz. Além de agressões verbais, a estudante foi jogada pelo jovem para cima  de uma mesa e foi agredida com murros e tapas. No desespero, a companheira da  vítima, com identidade preservada, tentou defender a sua namorada e também foi  jogada na mesa, sendo agredida até a chegada do grupo que acompanhava o rapaz,  que o puxou da mesa. Ela também foi agredida e sofreu arranhões por vários  lugares do corpo.
Diante da cena assustadora, as jovens solicitaram o apoio da Polícia  Militar, que chegou ao local após a fuga do agressor e o grupo que o acompanhava  na calourada. Apesar de diligências realizadas na área, eles não foram  encontrados e as jovens aconselhadas a fazer um Boletim de Ocorrência na  delegacia. Neiara admitiu não ter feito o B.O por causa do horário, optando por  esperar pelo dia seguinte.
A  reportagem do Diário de Natal ainda questionou se as vítimas procuraram o  Instituto Técnico Científico da Polícia (Itep) para a realização do exame de  corpo e delito, mas elas afirmaram que não haviam tomado a decisão até o  momento.
“Não sei se realizaremos o Boletim de Ocorrência, mas o importante é que  esse caso seja registrado pela imprensa para que uma situação homofóbica não  aconteça novamente”, desabafou.
O  agressor, de identidade não confirmada, ainda foi procurado pelas vítimas e seus  amigos nas páginas de rede sociais, mas até o momento não existem pistas sobre o  seu verdadeiro nome.
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