quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Vítimas denunciam no twitter agressão por homofobia

Publicação: 22 de Fevereiro de 2011 às 12:28

Larissa Cavalcante - Repórter

O evento que recepcionou os novos alunos da UFRN na Praça Cívica do Campus Universitário na tarde de ontem não foi só de festa. Duas meninas, uma ex-aluna da universidade e uma aluna da UNP foram vítimas de homofobia e agredidas por um rapaz que também participava da festa. Elas relataram o acontecimento hoje pela manhã no twitter.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE falou por telefone com uma das vítimas, que relatou os acontecimentos da noite passada.

“Ontem, quando terminou a festa de recepção fomos eu, minha namorada e dois amigos para a lateral do no anfiteatro, onde sempre tem uns 'paredões' de som depois da festa. Nossos amigos foram procurar alguns conhecidos e eu e nós duas continuamos dançando e nos divertindo. Então esses três ou quatro rapazes fortes e bem vestido se aproximaram e começaram a soltar piadinhas sobre nós duas. Em um certo momento ele passou dos limites e chegou bem perto do nosso rosto quando estávamos nos beijando. Eu me afastei e virei pra falar com ele. Nesse momento ele me jogou em cima de uma mesa e foi pra cima de mim me bater. Minha namorada tentou tirá-lo de cima de mim, mas ele a jogou em cima de outras mesas e voltou a me bater.Umas pessoas tentaram ajudar, outras diziam 'deixa ela aí, é isso que ela quer!'. Quando ele parou de me bater me aproximei de um dos amigos dele e perguntei seu nome. O rapaz disse que o conheceu naquela hora e não sabia. Depois ele mesmo me disse o seu nome 'Marcos Azevedo'”.

A moça agredida acionou a polícia que, segundo a vítima, não demonstrou muito interesse no caso relatado. Ela disse que contou ao policial exatamente onde estava e o que ele respondeu foi: “Minha senhora a UFRN é muito grande. Eu vou mandar alguém aí, mas quando chegar a senhora que se encarregue de achar”.

Uma das garotas agredidas se disse indignada e humilhada com a situação. “Me senti um lixo, sem poder fazer nada horrível! Orgulho super ferido!”, desabafou em sua página no twitter.


Em 22 de fevereiro de 2011 13:07, Patrick Thiago <patrickthiago@yahoo.com.br> escreveu:
 
Ainda não compreendi a revolta de alguns militantes-ativistas, pois não compreendi em que os movimentos LGBT foram prejudicados pela inclusão do tema no Disk para denúncia de infração de Direitos Humanos, que já atendia outras demandas. Um projeto do governo federal que ampliou o tema e número de usuários atendidos, passa a nos incluir, e vocês observam isto como ruim? Repensem o que vocês chamam de militância, ativismo, equidade e paridade em prol das comunidades LGBTs!
O programa, será ainda um instrumento eficaz na coleta de dados e tabulação de infrações, que justificarão e  pressionarão a aprovação da PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia: http://www.gay1.com.br/2011/02/ministra-lanca-em-sp-servico-de-disque.html
Estão revoltados por que teremos um instrumento mais eficaz que valiosas contribuições de manchetes de jornal para tabular a homofobia no Brasil? (Aqui não estou sendo irônico, foram importantes, mas não suficientes!) Sinceramente, ainda não compreendi a angustia de algumas pessoas. Se resolvermos a homofobia nacional não teremos pelo que brigar? Não tô entendendo, afinal todos nós não sonhamos com um Brasil como território livre da homofobia, já que é  o mais homofóbico?
Além disto, vocês estão desmerecendo o trabalho de outro gay? Pois como é de conhecimento dos militantes-ativistas, a partir das listas de discussões, o
coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT da SDH/PR, Gustavo Bernardes, tem extenso currículo, de origem da ONG Somos (uma das primeiras no Brasil a cuidar da pauta LGBT), foi indicado pela Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Esta envolvido com as ações do projeto.
Não conheço o rapaz. Nos vimos duas vezes, uma em momento de lazer (Beirute da Asa Sul - DF) e outra  em evento formal (lançamento da frente LGBT do PT). Nem sabia quem era, mesmo assim foi super humilde, acessível, atencioso e educado. Achei que fosse alguém de outra cidade, apenas de passeio (já tive a oportunidade de ver outros militantes no meio gay, e quase vomitei com tamanha prepotência e arrogancia... Ainda bem que não é o caso do Gustavo, um verdadeiro queridão!). Além disto, em momento oficial, amei o discurso dele, bem apropriado, adequado e afirmativo, ou seja, profissional, inclusivo e ético! Além disto, aproveitei que estava em Porto Alegre, em 2006, para conhecer o grupo Somos. Fui super acolhido pela militante que nos acolheu! A palavra é esta mesmo: me senti acolhido naquele espaço e por aquelas pessoas, mesmo chegando sem agendar a visita.
Tudo isto me leva a questionar sobre o real sentido destas listas de discussões?
Att. Patrick Thiago Bomfim, que segundo Mott, em outro e-mail, pode ser observado como um viadinho! Eu prefiro viadão?! Mas, ele, viadinho! Fazer o quê, nê?

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