quarta-feira, janeiro 11, 2012

Cardeal compara movimento gay a Ku Klux Klan

O cardeal da cidade norte-americana de Chicago, Francis George, teve de se desculpar pelas suas declarações durante o Natal, quando comparou o movimento pelos direitos dos homossexuais com o grupo racista Ku Klux Klan. Na época das declarações, George já havia se desentendido com o movimento por causa de uma marcha pelo orgulho gay que aconteceria justamente durante um evento da Igreja Católica da sua cidade. Os grupos, inclusive, chegariam a encontrar-se durante a caminhada.

O movimento pelos direitos dos homossexuais aceitou alterar o horário do desfile passando-a para a tarde. Dessa forma, os dois eventos seriam realizados em horários distintos.

Ainda assim, o cardeal mostrou-se revoltado com o acontecido e durante uma entrevista para a emissora Fox, no dia 25 de Dezembro, deu a polémica declaração.

«Você não quer que o movimento de libertação gay se transforme em algo como o Ku Klux Klan, manifestando-se contra o catolicismo pelas ruas», afirmou.

Indagado pelo apresentador se a comparação não seria forte demais, o cardeal afirmou que o «inimigo» comum do movimento racista e do movimento pelos direitos dos homossexuais era a Igreja Católica.

Além da questão da supremacia branca, o Ku Klux Klan é um movimento que apoia o Protestantismo, em detrimento das demais religiões, entre elas a Católica.

As declarações geraram uma série de críticas, principalmente por associações de defesa dos direitos gays, que ameaçaram protestar contra o cardeal durante o evento da Igreja Católica, a ser realizado neste domingo.

Para minimizar a polémica, George afirmou, em entrevista ao Chicago Tribune, que estava «verdadeiramente arrependido pela mágoa que as declarações causaram».

http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=10&id_news=551864


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