sexta-feira, janeiro 06, 2012

ANTROPOLOGO ESFAQUEADO EM TOCANTINS




 

















Como antropólogo, estou ainda mais comovido com esta barbaridade contra um colega de profissão!
O assassino declarou: “nessa mesa só tem viado” , esfaqueando o gay.
Que país é esse que cria monstros homofóbicos!
E a familia ainda tenta impedir o uso político destes crimes, absurdo, egoísmo, homofobia familiar.
Mott
Registrado o 1º Homicídio do Ano em Tocantinópolis
Briga em um bar que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (5), por volta das 02h30min terminou com a morte do professor e coordenador do curso de ciências sociais da UFT (Campus de Tocantinópolis), Cleides Antonio Amorim, 41 anos.
Data: 05/01/2012 10:34:05
           A confusão aconteceu quando o Bar Zero Grau já estava praticamente fechado, e, segundo informações das pessoas que estavam presentes o proprietário já havia fechado quase todas as portas e tinha avisado que estaria encerrando o expediente, quando um senhor conhecido pelo pré-nome de “Gilberto” chegou ao local de moto, visivelmente embriagado e sentou-se sem ser convidado em uma mesa onde havia dois homens e uma mulher. Na outra mesa do lado bebiam o professor Amorim com mais dois amigos, quando segundo as testemunhas o senhor Gilberto virou-se para eles e disse que naquela mesa só tinha viado. Com isso iniciou-se um bate boca entre a vítima e o acusado que terminou em agressões físicas entre os dois, participando também os dois outros rapazes que estavam na mesa de Amorim. Uma das testemunhas contou ainda que na confusão Gilberto caiu perto da moto e que ao levantar disse: “vou pegar minha chave aqui na moto e vou embora”, momento este que meteu a mão embaixo do banco da motocicleta e puxou uma faca. Com isso todos se afastaram menos Amorim, que foi atingido por um golpe mortal do lado esquerdo debaixo do braço.
             O professor caiu, e seus companheiros ao ver que ele havia sido esfaqueado armaram-se com paus que encontraram numa construção ao lado, mas, o acusado estava somente olhando de longe com a faca na mão, e ao perceber que os dois começaram a quebrar sua moto, o mesmo correu tomando a direção da Rua do Dergo destino Praça da Bíblia.
           O proprietário do bar ao ver a vítima atingida pediu auxilio ao vigilante e o frentista do Posto Interlagos que chegaram logo após o acontecido, e colocaram o professor dentro de seu próprio carro que foi dirigido pelo dono do estabelecimento com destino ao hospital municipal.
           Segundo os enfermeiros plantonistas, Cleides Amorim chegou ao hospital já sem vida, ele foi examinado pelo médico de plantão que constatou sua morte.
            Os policiais militares que chegaram minutos depois do acontecido, após coletarem algumas informações sobre o autor do homicídio e preservar o local para os peritos, começaram a empreender buscas ao assassino.
            Um dos amigos da vítima que presenciou tudo nos contou ainda que eles estavam bebendo na lanchonete da praça do Dóris e que Cleides chamou eles para irem até o Zero Grau ver se ainda estava aberto para comprar cigarros, e que ao chegarem no local resolveram tomar cerveja lá mesmo, disse ainda que já tinha combinado de tomar a ultima quando a confusão começou.
            A VÍTIMA
           Cleides Antonio Amorim Possuía graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (1996) e mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente era professor assistente e coordenador do Curso de Ciências Sociais da Fundação Universidade Federal do Tocantins (campus de Tocantinópolis). Tinha bastante  experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia da Religião e da Saúde, Sociologia da Educação, Metodologia da Pesquisa em Ciências sociais, atuando principalmente nos temas: tambor de mina, tradição, modernidade, medicina popular, educação, relações étnicas.(Clique Aqui e Saiba Mais sobre o professor).
         UFT
         A Diretoria do Campus da UFT de Tocantinópolis através do diretor, professor Flávio Moreira, decretou luto e ponto facultativo por três dias, e também foi colocado uma faixa preta no portão de entrada do campus em sinal de luto pela perda do professor.

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