UNESCO E ESTADO DISCUTEM AÇÕES CONTRA DISCRIMINAÇÃO HOMOFÓBICA NAS ESCOLAS
08/12/2011 - 18:04h - Atualizado
em 08/12/2011 - 18:04h
» Por Virgínia Cavalcante
» Por Virgínia Cavalcante
Comitiva
visitou as instalações da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e
Difusos
Uma
delegação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura) visitou, nesta quinta-feira (8/12), as instalações da
Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, vinculada à
Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, no prédio da Central do
Brasil, centro do Rio. A visita teve o objetivo de explorar a melhor maneira de
apoiar alunos e professores LGBTs, prevenir e combater o bullying e a
discriminação homofóbica e transfóbica nas escolas e assegurar ambientes de
aprendizagem LGBT seguro. A comitiva avalia programas e políticas existentes em
todo o mundo, para compartilhar as melhores práticas e construir estratégias
para enfrentamento a homofobia nas escolas.
Os
visitantes foram recebidos pelo superintendente Cláudio Nascimento, que mostrou
os projetos que o Governo do Estado desenvolve contra o preconceito aos
integrantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais) do Estado do Rio de Janeiro. Nascimento também abordou a questão de
bullying nas escolas e universidades.
-
Isto é algo muito sério, pois um lugar que deveria ser de acolhimento, de
proteção, de aprendizado, de construção de valores, principalmente os humanos,
ainda é um local de reprodução de preconceito, rejeição e violência. A escola
tem sido ao longo do tempo um lugar que registra muita evasão de gays, lésbicas,
travestis e transexuais. Por isto, é fundamental resgatarmos estes espaços para
que eles sejam de igualdade e de cidadania para todos – afirmou
Nascimento.
O
diretor da Diversidade de Educação para a Paz da sede da Unesco, Mark Richmond,
disse que a organização acompanhará e dará apoio ao trabalho do Governo do
Estado contra o bullying nas escolas e nas universidades.
-
Queremos disseminar para os outros países o sucesso de vocês. Devemos trabalhar
este caso nas escolas porque jovens em todo o mundo são afetados por esta
violência, e isso infringe os direitos a uma educação de qualidade. Só com o
trabalho duro se consegue alcançar as metas – disse Richmond.
Ao
longo do dia, o grupo visitou o Colégio Estadual Julia Kubistchek, da Secretaria
de Educação; o Centro de Referência da Cidadania LGBT da Capital e Disque
Cidadania LGBT, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Além
disso, a comitiva esteve no Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, acompanhada pela
coordenadora de Diversidade Sexual da Secretaria de Educação, Rita de Cássia
Rodrigues da Silva, que afirmou que uma das prioridades da educação é fazer da
escola um lugar de igualdade, respeitando as diferenças.
- Por
isto, a importância da implementação de políticas públicas para a promoção de
práticas educativas e metodologias pedagógicas de combate à homofobia em nossas
unidades escolares – disse.
Para
o diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids),
Pedro Chequer, a Unesco está impressionada com o trabalho que o Governo do
Estado cumpre na implementação de ações contra a homofobia.
- Há
necessidade de implantar esta política nas escolas e universidades de todo o
estado. O Unaids é parceiro da Unesco nesta linha de construir uma agenda nas
unidades escolares, onde temas como homofobia e intolerâncias de diversos níveis
sejam discutidos e implementados como políticas públicas – afirmou.
fonte
Site GOVERNO DO RJ:
Unesco discute no Rio ações contra discriminação homofóbica nas escolas
Uma delegação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura) visitou, nesta quinta-feira (8/12), as instalações da
Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, vinculada à
Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, no prédio da Central do
Brasil, centro do Rio. A visita teve o objetivo de explorar a melhor maneira de
apoiar alunos e professores LGBTs, prevenir e combater o bullying e a
discriminação homofóbica e transfóbica nas escolas e assegurar ambientes de
aprendizagem LGBT seguro. A comitiva avalia programas e políticas existentes em
todo o mundo, para compartilhar as melhores práticas e construir estratégias
para enfrentamento a homofobia nas escolas.
Os visitantes foram recebidos pelo superintendente Cláudio Nascimento, que mostrou os projetos que o Governo do Estado desenvolve contra o preconceito aos integrantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Estado do Rio de Janeiro. Nascimento também abordou a questão de bullying nas escolas e universidades.
- Isto é algo muito sério, pois um lugar que deveria ser de acolhimento, de proteção, de aprendizado, de construção de valores, principalmente os humanos, ainda é um local de reprodução de preconceito, rejeição e violência. A escola tem sido ao longo do tempo um lugar que registra muita evasão de gays, lésbicas, travestis e transexuais. Por isto, é fundamental resgatarmos estes espaços para que eles sejam de igualdade e de cidadania para todos – afirmou Nascimento.
O diretor da Diversidade de Educação para a Paz da sede da Unesco, Mark Richmond, disse que a organização acompanhará e dará apoio ao trabalho do Governo do Estado contra o bullying nas escolas e nas universidades.
- Queremos disseminar para os outros países o sucesso de vocês. Devemos trabalhar este caso nas escolas porque jovens em todo o mundo são afetados por esta violência, e isso infringe os direitos a uma educação de qualidade. Só com o trabalho duro se consegue alcançar as metas – disse Richmond.
Ao longo do dia, o grupo visitou o Colégio Estadual Julia Kubistchek, da Secretaria de Educação; o Centro de Referência da Cidadania LGBT da Capital e Disque Cidadania LGBT, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Além disso, a comitiva esteve no Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, acompanhada pela coordenadora de Diversidade Sexual da Secretaria de Educação, Rita de Cássia Rodrigues da Silva, que afirmou que uma das prioridades da educação é fazer da escola um lugar de igualdade, respeitando as diferenças.
- Por isto, a importância da implementação de políticas públicas para a promoção de práticas educativas e metodologias pedagógicas de combate à homofobia em nossas unidades escolares – disse.
Para o diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), Pedro Chequer, a Unesco está impressionada com o trabalho que o Governo do Estado cumpre na implementação de ações contra a homofobia.
- Há necessidade de implantar esta política nas escolas e universidades de todo o estado. O Unaids é parceiro da Unesco nesta linha de construir uma agenda nas unidades escolares, onde temas como homofobia e intolerâncias de diversos níveis sejam discutidos e implementados como políticas públicas – afirmou.
fonte http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/12/08/unesco-discute-no-rio-acoes-contra-discriminacao-homofobica-nas-escolas/
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, exortou nesta quinta-feira
(08/12) jornalistas, líderes comunitários, professores, familiares e governantes
a combaterem o assédio homofóbico contra jovens e adultos. Ban discursou durante
a abertura de um evento realizado em Nova York sobre a violência e a
discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero.
Os visitantes foram recebidos pelo superintendente Cláudio Nascimento, que mostrou os projetos que o Governo do Estado desenvolve contra o preconceito aos integrantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Estado do Rio de Janeiro. Nascimento também abordou a questão de bullying nas escolas e universidades.
- Isto é algo muito sério, pois um lugar que deveria ser de acolhimento, de proteção, de aprendizado, de construção de valores, principalmente os humanos, ainda é um local de reprodução de preconceito, rejeição e violência. A escola tem sido ao longo do tempo um lugar que registra muita evasão de gays, lésbicas, travestis e transexuais. Por isto, é fundamental resgatarmos estes espaços para que eles sejam de igualdade e de cidadania para todos – afirmou Nascimento.
O diretor da Diversidade de Educação para a Paz da sede da Unesco, Mark Richmond, disse que a organização acompanhará e dará apoio ao trabalho do Governo do Estado contra o bullying nas escolas e nas universidades.
- Queremos disseminar para os outros países o sucesso de vocês. Devemos trabalhar este caso nas escolas porque jovens em todo o mundo são afetados por esta violência, e isso infringe os direitos a uma educação de qualidade. Só com o trabalho duro se consegue alcançar as metas – disse Richmond.
Ao longo do dia, o grupo visitou o Colégio Estadual Julia Kubistchek, da Secretaria de Educação; o Centro de Referência da Cidadania LGBT da Capital e Disque Cidadania LGBT, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Além disso, a comitiva esteve no Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, acompanhada pela coordenadora de Diversidade Sexual da Secretaria de Educação, Rita de Cássia Rodrigues da Silva, que afirmou que uma das prioridades da educação é fazer da escola um lugar de igualdade, respeitando as diferenças.
- Por isto, a importância da implementação de políticas públicas para a promoção de práticas educativas e metodologias pedagógicas de combate à homofobia em nossas unidades escolares – disse.
Para o diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), Pedro Chequer, a Unesco está impressionada com o trabalho que o Governo do Estado cumpre na implementação de ações contra a homofobia.
- Há necessidade de implantar esta política nas escolas e universidades de todo o estado. O Unaids é parceiro da Unesco nesta linha de construir uma agenda nas unidades escolares, onde temas como homofobia e intolerâncias de diversos níveis sejam discutidos e implementados como políticas públicas – afirmou.
fonte http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/12/08/unesco-discute-no-rio-acoes-contra-discriminacao-homofobica-nas-escolas/
ONU condena homofobia e diz que países devem agir contra discriminação
9
de dezembro de 2011 · Comunicados
Veja
abaixo a íntegra da mensagem:
“Estou
feliz por saudar os participantes deste evento sobre o assédio homofóbico de
jovens e a violência associada à discriminação. Deixe-me oferecer uma palavra
especial de agradecimento aos defensores dos direitos humanos na platéia.
Como
muitos de vocês, eu continuo consternado com os relatos de crianças de 11 anos
sendo submetidas ao abuso verbal, a insultos e graves agressões físicas por
causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
O
bullying deste tipo não se restringe a poucos países, mas se passa nas escolas e
comunidades locais em todas as partes do mundo. Ele afeta os jovens durante todo
o caminho para a vida adulta, causando enorme e desnecessário sofrimento.
Crianças intimidadas podem entrar em depressão e abandonar a escola. Algumas são
até mesmo levadas ao suicídio.
Isto
é um ultraje moral, uma grave violação dos direitos humanos, além de ser uma
crise de saúde pública. É também uma perda para toda a família humana quando
vidas promissoras são interrompidas prematuramente.
Muitas
vezes pensamos o assédio homofóbico como um problema específico para ambientes
escolares e para a adolescência. Mas as raízes estão mais profundas, pois esse
assédio vigora em atitudes nocivas na sociedade em geral, às vezes encorajadas
por figuras públicas e leis discriminatórias, além de práticas sancionadas pelas
autoridades do Estado.
Combater
este problema é um desafio comum. Nós todos temos um papel, seja como pais,
familiares, professores, vizinhos, líderes comunitários, jornalistas, figuras
religiosas ou funcionários públicos.
Mas
é também, para os Estados, uma questão de obrigação legal. Pelos direitos
humanos internacionais, todos os Estados devem tomar as medidas necessárias para
proteger as pessoas – todas as pessoas – da violência e da discriminação,
incluindo aquelas motivadas pela orientação sexual e identidade de gênero.”
(English version
below)
Rio de Janeiro,
06 de dezembro
A UNESCO lançou
a primeira consulta internacional das Nações Unidas para lidar com o bullying
contra alunos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), nas escolas e
nas universidades. Estudos recentes, tais como o Discriminação em razão da
Orientação Sexual e da Identidade de Gênero na Europa, do Conselho da Europa,
identificaram atitudes homofóbicas e transfóbicas persistentes, em todo o mundo,
o que deixa pessoas LGBT vulneráveis a taxas alarmantes de crimes de ódio,
discriminação e violência por causa de sua orientação sexual.
A consulta
ocorre entre 6 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, Brasil (Hotel Golden Tulip
Regent, Av. Atlântica, 3176, Copacabana). Ela explorará como melhor apoiar
alunos e professores LGBT, prevenir e combater o bullying e a discriminação
homofóbica e transfóbica nas escolas, e assegurar ambientes de aprendizagem
LGBT-seguro.
Participaram da
cerimônia de abertura Pedro Chequer, Coordenador do Unaids no Brasil (Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids); Dida Figueiredo, representando a
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Cláudio Nascimento,
Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de
Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro,
Fábio Cléber, representando a Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV/Aids e
Mark Richmond, Coordenador Global da UNESCO para HIV
e Aids e Diretor da Divisão de Educação pela Paz e pelo Desenvolvimento
Sustentável
Essa iniciativa
avalia programas e políticas existentes em todo o mundo a fim de compartilhar as
melhores práticas com os ministérios da educação.
Nos Estados
Unidos, mais de 90% dos estudantes LGBT afirmam ter sido vítimas de assédio
homofóbico; na Nova Zelândia, 98% das pessoas LGBT afirmam que já foram verbal
ou fisicamente abusadas na escola. Essa violência homofóbica viola o direito dos
jovens à educação e a ambientes de aprendizagem seguros.
Como resultado
do estigma e da discriminação na escola, jovens submetidos a assédio homofóbico
são mais propensos a abandonar os estudos. Também são mais propensos a
contemplar a automutilação, cometer suicídio e se engajar em atividades ou
comportamentos que apresentam um risco à saúde.
Estão
participando da consulta especialistas de 25 países Austrália, Bélgica,
Lituânia, Camarões, China, Colômbia, Dinamarca, El Salvador, Macedônia,
Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda, Israel, Jamaica, México, Namíbia,
Holanda, Peru, Samoa, África do Sul, Suécia, Turquia, EUA e
Brasil.
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