ENSP, dia 26/10/2011
Tatiane Vargas
Na
terça-feira (25/10), a ENSP recebeu representantes da organização não
governamental Conexão G - que trabalha com o público LGBT morador de
favela - para a apresentação do projeto Afirmando vozes e identidades (AVI).
Com o objetivo de realizar e facilitar a discussão sobre diferentes
temas sociais e culturais que interferem no comportamento sexual desse
segmento, promovendo a redução de riscos e a prevenção das DST/HIV, o
projeto está vinculado às metas do Plano de Enfrentamento à Epidemia da
Aids para gays, homens que fazem sexo com homens (SHS) e travestis.
Fruto de uma parceira entre o Laboratório de Análise de Situações
Endêmicas Regionais (Laser/ENSP), o Departamento de DST/Aids/Hepatites
Virais do Ministério da Saúde, três ONGs LGBT e o Center of Disease
Control (CDC), o AVI se insere em um conjunto de ações de investimento
em novas e exitosas tecnologias de prevenção e enfrentamento da doença.
Implementado em junho deste ano como projeto-piloto, o Afirmando vozes e identidades - intervenção voltada para gays e HSH negros, moradores do Complexo de Favelas da Maré - utiliza a metodologia many men, many voices
(muitos homens, muitas vozes), que tem como objetivo promover e
facilitar rodas de conversa sobre diferentes temas sociais e culturais
que interferem no comportamento sexual de gays negros. Além do Conexão
G, outras duas ONGs - o Grupo de Resistência Asa Branca, de
Fortaleza-CE, e o Somos, de Porto Alegre-RS - participam da iniciativa,
desenvolvendo projetos-piloto que utilizam metodologias específicas que,
além de inovadoras, têm resultados exitosos, comprovados a partir de
estudos feitos pelo CDC.
Coordenado por Gilmar Cunha, um dos fundadores da ONG Conexão G, o AVI conta ainda com uma equipe composta por dois facilitadores, Mauro Lima e Joilson Marques, e com o assistente Veridomar da Glória. Segundo Gilmar, "o projeto é muito importante para gays jovens e adultos das 16 comunidades que compõem o Complexo da Maré, pois, entre outros elementos, abre espaço para a discussão de questões que fazem parte do dia a dia dessas pessoas, fortalecendo mecanismos para a reflexão e também para a transformação individual e coletiva, seja no campo da promoção da saúde ou no exercício da cidadania". Ainda de acordo com Gilmar, o projeto foi divulgado e buscou articulação com outras ONGs locais, associações de moradores e proprietários de espaços de concentração do público para se desenvolver.
Coordenado por Gilmar Cunha, um dos fundadores da ONG Conexão G, o AVI conta ainda com uma equipe composta por dois facilitadores, Mauro Lima e Joilson Marques, e com o assistente Veridomar da Glória. Segundo Gilmar, "o projeto é muito importante para gays jovens e adultos das 16 comunidades que compõem o Complexo da Maré, pois, entre outros elementos, abre espaço para a discussão de questões que fazem parte do dia a dia dessas pessoas, fortalecendo mecanismos para a reflexão e também para a transformação individual e coletiva, seja no campo da promoção da saúde ou no exercício da cidadania". Ainda de acordo com Gilmar, o projeto foi divulgado e buscou articulação com outras ONGs locais, associações de moradores e proprietários de espaços de concentração do público para se desenvolver.
Mauro
Lima, um dos facilitadores do projeto, explicou que em agosto foi
formado o primeiro grupo do AVI. Inscreveram-se 20 pessoas; 16 foram
selecionadas; e quatro dentre essas desistiram após a seleção. Segundo
Mauro, a metodologia foi aplicada em sete sessões, com um grupo formado
por 12 pessoas, sempre na presença de dois facilitadores, responsáveis
pela condução das sessões. Para ele, a experiência foi extremamente
produtiva, pois, apesar de em apenas sete sessões não ser possível mudar
o comportamento da população LGBT, foi possível estimular práticas mais
seguras e reduzir o comportamento de risco dessa população. "Nossa
resposta por parte do primeiro grupo de participantes do Afirmando vozes e identidades
foi muito positiva, agora estamos nos preparando para a segunda turma,
que terá início nesta quarta-feira (26/10)", apontou Mauro.
Por fim, o também facilitador do projeto Joilson Marques ressaltou que atualmente não existe no estado nenhuma ação específica voltada para a população de moradores de favelas. Por isso, o projeto é considerado inovador e de grande importância como estratégia de prevenção para o público LGBT em maior vulnerabilidade. "Por muito tempo a população LGBT moradora de favelas espera por uma intervenção com esse perfil", afirmou o facilitador. Segundo Joilson, o Afirmando vozes e identidades está sendo uma experiência extremamente exitosa; porém, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como a ampliação e continuação da estratégia e o aumento da inserção/interface com os programas locais de DST/Aids.
Por fim, o também facilitador do projeto Joilson Marques ressaltou que atualmente não existe no estado nenhuma ação específica voltada para a população de moradores de favelas. Por isso, o projeto é considerado inovador e de grande importância como estratégia de prevenção para o público LGBT em maior vulnerabilidade. "Por muito tempo a população LGBT moradora de favelas espera por uma intervenção com esse perfil", afirmou o facilitador. Segundo Joilson, o Afirmando vozes e identidades está sendo uma experiência extremamente exitosa; porém, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como a ampliação e continuação da estratégia e o aumento da inserção/interface com os programas locais de DST/Aids.
Um comentário:
Oi querido, seu blog e bem legal e muito politico..... Parabéns...
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