15/12/2011 22h14 - Atualizado em 15/12/2011 22h32
Militantes gays criticam política do governo em conferência LGBT
'Dilma, que papelão, não se governa com religião', diziam os
participantes.
Ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) defendeu
presidente.
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Na abertura da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos
Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, nesta
quinta-feira (14), em Brasília, militantes vaiaram e fizeram coro contra a
presidente Dilma Rousseff, que foi representada no encontro pelos ministros
Gilberto Carvalho, da Secretaria da Presidência da República, Maria do Rosário,
da Secretaria de Direitos Humanos e Luiza Bairros, da Igualdade
Racial.
Logo após a apresentação das autoridades, militantes começaram dizendo "Dilma, que papelão, não se governa com religião". Em diversos momentos, os participantes chamaram pelo nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, Lula participou da abertura da 1ª Conferência Nacional LGBT.
Logo após a apresentação das autoridades, militantes começaram dizendo "Dilma, que papelão, não se governa com religião". Em diversos momentos, os participantes chamaram pelo nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, Lula participou da abertura da 1ª Conferência Nacional LGBT.
Militantes empunharam cartazes pedindo aprovação de projeto de
lei que criminaliza violência contra homossexuais (Foto: Marcello Casal
Jr./ABr)
Diante da situação, a ministra Maria do Rosário fez uma defesa curta da
presidente durante seu discurso. "Não seria justo que a Secretaria de Direitos
Humanos recebesse a compreensão de vocês e vocês não compreendessem que a
Secretaria dos Direitos Humanos está aqui sob orientação da presidenta Dilma
para lutar pelo reconhecimento dos direitos humanos", disse.
Muitos dos militantes que vaiaram a presidente usavam broches ou outros
acessórios de identificação do PT. De acordo com o militante petista Paulo
Mariante a mensagem foi um protesto contra a demora em colocar o kit
anti-homofobia nas escolas e o PLC 122, que criminaliza a homofobia, em votação
no Congresso.
"O gesto equivocado não foi só a suspensão do projeto didático. Ela [presidente] foi às câmeras dizer em entrevistas coisas que reforçaram o preconceito, dizer que o conteúdo do kit era inaceitável. Ela prestou um desserviço à população", disse. "Ninguém aqui, como militante do PT, vai deixar de criticar o governo", completou.
O deputado federal Jean Willys (PSOL – RJ), disse que "o movimento é suprapartidário, está acima de governos por um interesse comum". Neste ano, a Conferência LGBT tem o tema "por um país livre da pobreza e da discriminação". O evento segue até o domingo, com palestras e oficinas.
"O gesto equivocado não foi só a suspensão do projeto didático. Ela [presidente] foi às câmeras dizer em entrevistas coisas que reforçaram o preconceito, dizer que o conteúdo do kit era inaceitável. Ela prestou um desserviço à população", disse. "Ninguém aqui, como militante do PT, vai deixar de criticar o governo", completou.
O deputado federal Jean Willys (PSOL – RJ), disse que "o movimento é suprapartidário, está acima de governos por um interesse comum". Neste ano, a Conferência LGBT tem o tema "por um país livre da pobreza e da discriminação". O evento segue até o domingo, com palestras e oficinas.
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