sábado, dezembro 10, 2011

Boletim afirma: epidemia de aids no Brasil está sob controle


Foto: Luís Oliveira - ASCOM/MS
A epidemia de aids no Brasil está sob controle. Esse é o resultado do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Boletim, a prevalência (estimativa de pessoas infectadas pelo HIV) da doença permanece estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18.8/100 mil habitantes em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010.
“O Brasil segue a tendência mundial de redução de casos e óbitos ao longo dos anos. As pessoas estão vivendo mais e melhor com a doença, graças ao acesso aos medicamentos”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele reforçou que o Ministério da Saúde está investindo na expansão da testagem rápida para garantir que o diagnóstico seja o mais breve possível, com ações do Fique Sabendo. “Quanto mais cedo o vírus é descoberto, mais cedo tem início o tratamento, proporcionando qualidade de vida para quem vive com a doença”, destaca.
Em alguns grupos, o avanço no combate à epidemia é mais marcante. Entre os menores de cinco anos de idade, casos relacionados à transmissão vertical, ou seja, da mãe para o bebê durante a gravidez, o parto ou pelo leite materno, a taxa de incidência (número de casos por 100 mil habitantes), caiu 41% de 1998 a 2010. “A redução vertical, mesmo num período muito curto, já demonstrou um impacto positivo da ampliação do acesso das mulheres ao diagnóstico no pré-natal”, destacou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Segundo o secretário , a meta é reduzir a zero o número de casos de transmissão vertical até o fim de 2015.
Dia Mundial de Luta contra a aids – O boletim chama atenção para públicos específicos, que têm tido comportamento diverso e ampliado o número de casos.  Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os gays da mesma faixa etária, houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.
O quadro levou o Ministério da Saúde a priorizar esse público na campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que acontece em 1 de dezembro. A campanha do Dia Mundial deste ano, por meio do slogan “A aids não tem preconceito. Previna-se”, reforça a necessidade de se discutirem questões relacionadas à vulnerabilidade à aids entre jovens gays de 15 a 24 anos, mulheres de 13 a 19 anos, e entre pessoas vivendo com HIV/aids. “Temos que chegar ao máximo perto desses jovens. Por meio da presença em grandes eventos, como fizemos no Rock in Rio, e das redes sociais, vamos divulgar a procura pela testagem rápida e as formas de prevenção”, afirma Padilha.
O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco, falou ao Blog da Saúde sobre a importância da prevenção.

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