quinta-feira, outubro 20, 2011

Pedreiro confessa ter assassinado atendente

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CRIME NO SÃO JOÃO

Pedreiro confessa ter assassinado atendente
Publicado em 14/10/2011, às 15h37
Última atualização em 14/10/2011, às 20h30
Dicler de Mello e Souza
Volta Redonda
O delegado titular da 93 ª DP (Volta Redonda), Antônio Furtado, prendeu no fim da tarde de hoje (14) o ajudante de pedreiro Albert Kroll Kardec de Souza, de 22 anos. Ele confessou ter assassinado na madrugada do dia 7 deste mês o atendente Marcelo Antônio Lino, de 23 anos, que foi asfixiado com uma corrente de cachorro. O corpo da vítima - que trabalhava no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) - foi encontrado em adiantado estado de decomposição na terça-feira num terreno da Light no bairro São João.
Albert disse que no dia do crime estava andando com seu cachorro pela Avenida Amaral Peixoto, no Centro da cidade, quando Marcelo começou segui-lo após sair de uma boate. Kardec afirmou que não se considera homofóbico, mas matou a vítima porque ela insistiu em manter relações sexuais com ele.
- Levei Marcelo para o terreno baldio e mandei que ele ficasse de costas, e então dei de seis a sete trancos no pescoço dele com a corrente. Notei que mesmo assim ele não morreu, e por isso segurei a corrente e o arrastei por cerca de dez metros até certificar que ele estava realmente morto - disse Albert, acrescentando que não estava arrependido porque Marcelo não teria morrido se não cometesse o assédio.
- Não gosto de gays, mas sempre respeitei essa raça. Matei porque ele (Marcelo) não me respeitou quando me assediou - disse o ajudante de pedreiro.
O delegado disse que recebeu uma denúncia anônima informando onde estaria o autor do crime. Albert foi preso próximo à casa dele, no Monte Castelo. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.  
De acordo com o policial, foi o terceiro homicídio ocorrido por motivação homofóbica este ano no município. A pena máxima para esse tipo de crime é de 30 anos de prisão.
O suspeito teve a prisão temporária decretada por 30 dias pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Volta Redonda, Ludovido Couto Colacino.  O delegado disse que solicitará agora que seja decretada a prisão preventiva do pedreiro.

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