sábado, setembro 10, 2011

A Morte da Psicanálise



                    Em épocas de aceitação da diversidade, da liberação sexual tanto feminina quanto masculina, da legalização do casamento homossexual, ainda faz algum sentido a clássica questão Freudiana: O que quer uma mulher? E, afinal, o que quer um homem?
São tantas as variantes antropológicas e sociológicas que o mais serio dos intelectuais não ousam neste momento nem sequer pensar em responder esta questão. Os religiosos então, nem se diga, estão mergulhados em grande confusão de idéias. Analises sócio-culturais das posições dos seres humanos, homens e mulheres no mundo nesta conjuntura atual serão consideradas controversas nesta altura do pensamento contemporâneo, ou melhor, dizendo em relação aos acontecimentos atuais que olhos vistos.
                      Tanto estudo, tantos escritos, tantos bla blas que caem por água a baixo, de nada ou pouco servem, a psicanálise começa de se enfraquecer, surgem outras técnicas de tratamento, dramatizações, laboratórios, meditações, o uso de drogas legais das mais diversas. Estamos encima do muro, conhecemos bem o que significa narcisismo, melancolia, sabemos que há o trauma do desmame, questionamos a clássica inveja do penis e tudo nos impele não a criar novos conceitos sobre o inconsciente humano e sim a ampliá-los. Nada porá abaixo o clássico Complexo de Édipo e o de Eletra.
                      Assim como o ‘Nome do Pai” Lacaniano continuara garantindo a mente saudável do ser humano integrado a sociedade em que vivemos.
                       O que quer, psicanaliticamente falando, o ser humano, seja homem ou mulher? Quer ser amado e quer gozar, só que o gozo é uma realidade fantasiosa e é classicamente associada à morte. A morte aparece na grande maioria dos símbolos como uma mulher, coisa curiosa, conclui-se que ela assim como da à vida um dia a tomaria de volta.  
                       Este conceito deu uma embaralhou tudo, no mundo de hoje se aceita a premissa de que mulheres e homens teriam a sua pulsão sexual dirigida aos biologicamente semelhantes assim como aos diferentes. Não há possibilidade do ser humano não ter mãe, seja este homem ou mulher, andrógino, travesti, ou seja, o que for. Como sobrevivemos à custa do desejo do outro, a história de ser filho de uma maquina pura falhou antes de começar, por que deve haver a doação de semelhante-diferente.
                        Se os homens nascessem de outros homens certamente a situação invertida seria a mesma que é nos moldes da “antiga” psicanalise. O ser humano ter de ser amado.

Rosane Chonchol, Psicanalista
1 de Set de 2011

Nenhum comentário: