Iniciativa visa coletar, expor e preservar bens culturais relativos à sexualidade
Foto: Divulgação. Sapato em argila no formato de pênis da escultora baiana Lúcia Monte Alegre, uma das peças expostas na Bienal do Recôncavo. |
Salvador,BA, sexta-feira 16 de setembro de 2011 - por Editoria do site.
O Grupo Gay da Bahia (GGB) começa a partir de hoje uma campanha nacional dirigida a empresas, órgãos públicos e pessoas em geral para conseguir a doação de um imóvel em Salvador para a instalação do Museu da Sexualidade, uma iniciativa da entidade que teve inicio dez anos passados e já catalogou diversas representações artríticas populares nas áreas de escultura, pintura, livros e utensílios alusivos a formas e conceitos das mais diversas representações e tratamento da sexualidade ao longo dos séculos no Brasil e em alguns paises pré-colombianos como Peru, México e Guatemala. O GGB procura um doador que possa doar um imóvel ou mesmo uma quantia em dinheiro equivalente para que a entidade possa oferecer mais esse serviço aos baianos e aos turistas que visitam o Estado. O GGB oferece ao doador a gratidão eterna e o nome gravado na sala principal do imóvel, similar ás flores frescas que existem na entrada do Museu Metropolitano de Nova Iorque, oferecidas por toda a eternidade por uma benemérita da cidade, para que nunca faltassem flores na entrada do Museu, naquela cidade.
O projeto do Museu da Sexualidade ou Museu do Sexo já existe de forma incipiente na sede do GGB no Pelourinho. Surgiu a partir das viagens do presidente da entidade historiador Marcelo Cerqueira pela América Latina onde se deparou com a riqueza e a qualidade das peças eróticas dos povos pré-colombianos do México, Peru e Guatemala. De volta ao Brasil ele começou a pesquisar essas mesmas representações das formas de sexualidade através das esculturas populares e se encantou com a quantidade de peças produzidas no Nordeste nos estados de Pernambuco, Sergipe e Bahia que traziam a diversidade sexual do povo brasileiro como motivo. “São tantos artesões, esculturas um universo mágico e maravilhoso da sexualidade que pude constatar nas feiras livres e nos antiquários”, explica Cerqueira indicado para a forma livre com que a temática é representada especialmente na Região Nordeste do Brasil.
O Museu do Sexo além de tratar o sexo através de suas idades e aspecto da culturalidade, pretende ser um espaço para a realização de palestras, debates, mostras individuais e coletivas para muitos artistas brasileiros que tem o sexo como sua temática de trabalho, mas não tem galerias para exibir e vender suas produções.
A entidade também pretende com a iniciativa cultural promover o conhecimento cientifico através da formação de novos profissionais de museu com à formação de estudantes através de estágio regular e coordenado pelas Universidades que oferecem esse curso em Salvador. De acordo com o GGB essa iniciativa de coletar, classificar e preservar as representações da cultura material e intelectual produzidas pelo homem nessa perspectiva não existe no Brasil. A exposição organizada dessa produção seria um elemento que teria como outro ponto a promoção do fluxo turístico ao estado da Bahia. O GGB ainda que trata-se de uma iniciativa cultural e de conservação aos bens culturais materiais, não tem nada relacionado ao apelo pornográfico muitas vezes associados de forma maldosa a iniciativas do gênero, sexo é vida, pornografia é outra coisa.
Contatos com a entidade podem ser feitos pelos telefones (71) 3322 2552 – 9989 4748 ou pelo e-mail: ggb@ggb.org.br.
Também doações podem ser feitas através da conta corrente da entidade sob o número 9093-X – Banco do Brasil, agência 2957-2
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