Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais diz que proposta do vereador Carlos Apolinário foi ‘de péssimo gosto’
Toni Reis - Quais são os excessos de que ele fala? Não queremos nem menos, nem mais. Nossa proposta é ‘faça amor, não guerra’. Não é discurso de miss, mas queremos paz e harmonia no mundo. Não queremos que todos sejam da mesma cor. Cada um deve ter a sua, convivendo em harmonia. Não estamos atrás de privilégios, aposentadoria integral ou cargos no Dnit por sermos homossexuais. E assim como ele eu não gosto de excessos e defendo também os bons costumes.
Não queremos fazer guerrinha, afronta, ou dividir a sociedade em dois grupos. Somos brasileiros e deveríamos ter respeito. Eu também não aceito certas condutas, mas respeito. Por exemplo, no caso da religião. Tem certos rituais que não são para mim, mas eu não condeno. Não desejo mal para ninguém e quero que ele nos respeite.
EXAME.com - O que o senhor achou das manifestações contra ele após a aprovação da proposta na Câmara? (O vereador Carlos Apolinário teve o site hackeado nesta sexta-feira, e afirmou ter recebido diversos e-mails com xingamentos)
Toni Reis - Sou solidário ao vereador, neste caso. O site dele foi hackeado. Estamos em um estado de direito, deveríamos discutir no mundo das ideias. Eu, enquanto um gay católico, sou solidário a um hétero evangélico. Esta história de hacker não é legal. Temos que respeitar.
Não queremos fazer guerrinha, afronta, ou dividir a sociedade em dois grupos. Somos brasileiros e deveríamos ter respeito. Eu também não aceito certas condutas, mas respeito. Por exemplo, no caso da religião. Tem certos rituais que não são para mim, mas eu não condeno. Não desejo mal para ninguém e quero que ele nos respeite.
EXAME.com - O que o senhor achou das manifestações contra ele após a aprovação da proposta na Câmara? (O vereador Carlos Apolinário teve o site hackeado nesta sexta-feira, e afirmou ter recebido diversos e-mails com xingamentos)
Toni Reis - Sou solidário ao vereador, neste caso. O site dele foi hackeado. Estamos em um estado de direito, deveríamos discutir no mundo das ideias. Eu, enquanto um gay católico, sou solidário a um hétero evangélico. Esta história de hacker não é legal. Temos que respeitar.
EXAME.com - Há algum comportamento dos homossexuais que o senhor condena?
Depende. Acho legal ir às paradas gays, mostrar o corpo sem problema algum, mas sem excessos. Nenhum extremismo é legal, não vale para ninguém.
EXAME.com - E o que o senhor pensa de manifestações polêmicas como as do deputado Jair Bolsonaro?
Toni Reis - Não gosto quando se incentiva violência. Mas eu desconfio muito de homofóbicos. Lembro de casos de três políticos dos mais homofóbicos nos Estados Unidos, e quando foram ver, eram tremendas ‘bichonas’. Quem tem a sexualidade bem resolvida respeita o outro. Cheguei a brincar com o deputado Bolsonaro. Perguntei para ele ‘Bolsonaro, será que não tem um probleminha com você? Não tem uma bichona aí dentro querendo sair do armário?’ Fora das câmeras, ele é bem tranquilo, dá para conversar. Mas ele gosta de se exceder, causar polêmica. Temos que nos respeitar.
EXAME.com - O senhor acha que o projeto do vereador Apolinário tem chances de ser aprovado? Como a comunidade GLBT vai receber isto caso seja?
Toni Reis - A política não é uma ciência exata. O Kassab (prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab) demonstrou que respeita a diversidade humana. Pedimos que ele vete o projeto. Se ele aprovar, não vamos gostar, vamos panfletar, mas fazer o que, é a democracia. Mas isso só acirra os ânimos e não constrói nada melhor.
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