sábado, abril 16, 2011

Covardia do Cabral

Visitantes online : 201 quinta-feira, 7 de abril de 2011
07/04/2011 14:57
A covardia de Cabral
Reprodução de O Globo on line


É estarrecedora a participação do governador Sérgio Cabral no massacre da escola de Realengo. Ninguém podia dar versões oficiais, porque todos estavam esperando o governador chegar dos Estados Unidos. Fez questão de dar uma coletiva no pátio da escola para dar a versão oficial de como tudo aconteceu. Quem tinha que fazer isso é quem esteve lá. Cabral como sempre veio com sua verborragia chamando o assassino de animal, como se isso mostrasse uma postura atuante.

Cabral deveria explicar por que não havia neurocirurgiões no Albert Schweitzer, nem no Carlos Chagas (Marechal Hermes), o segundo hospital mais próximo, ambos estaduais, e por isso crianças tiveram que ser transferidas para os hospitais de Saracuruna e São Gonçalo. Aliás, o Souza Aguiar não pode ser usado e isso quem tinha que explicar era Eduardo Paes. Dois omissos, que podem não ter culpa de que uma pessoa perturbada tenha promovido esse massacre, mas que são culpados pela calamidade nos hospitais públicos. Hoje, se houver um acidente com 30 vítimas graves as vítimas vão ter que ser espalhadas pelos hospitais públicos. Essa é a verdade.

Quero chamar a atenção também que Cabral, corretamente, enalteceu a ação do sargento Alves, da Polícia Militar, que de fato foi um herói atirando no assassino, que em seguida praticou suicídio. Sem dúvida evitou uma tragédia ainda maior. Mas Cabral deveria ter agradecido aos médicos do Albert Schweitzer e de outras unidades estaduais, que voluntariamente correram para o hospital para ajudar a atender as crianças e adolescentes. São esses mesmos médicos dessas unidades que Cabral chamou de “vagabundos”, mas se não fosse por eles o saldo seria muito pior. Não teve essa grandeza.

O governador diz que foi à escola prestar solidariedade às famílias. Ora, ele foi para dar uma coletiva à imprensa. Chegou cercado por mais de 20 seguranças e da mesma forma foi embora, nem se dignou a ir ao hospital, aí sim, prestar solidariedade às famílias.


Em tempo: É claro que a situação é completamente atípica, não vou fazer demagogia, mas a tal Ronda Escolar da Guarda Municipal, segundo informações não passa por Realengo, como também por inúmeras escolas públicas da Zona Norte. Só funciona bem na Barra, na Zona Sul e na Tijuca. Sobre isso, o prefeito Eduardo Paes não fala.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cabral não tem culpa do acontecido triste, ele fez sua parte e creio que encontrará uma solução para melhorar a segurança das crianças nas escolas.