Escola para alunos gays vai ensinar artes marciais
Curso é criado após assassinato de travesti e espancamento de homossexual em Campinas
A primeira escola do país voltada para homossexuais, a Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), de Campinas, vai ensinar defesa pessoal para jovens gays.
Segundo o diretor, Deco Ribeiro, a ideia ganhou força após o assassinato de um travesti e o espancamento de um jovem homossexual na cidade.
O grupo idealizador da escola, o E-Jovem, tem denunciado ataques contra homossexuais de Campinas. Segundo Ribeiro, a proposta não é revidar os ataques, mas proteger os adolescentes.
— Grande parte dos casos de homofobia acontece na rua. O objetivo é evitar essas furadas. É para o aluno não ficar nervoso, para saber sair da provocação.
Com mais de 30 anos de carreira e uma escola de artes marciais na cidade, o professor de ninjitsu Paulo Claro procurou a escola e ofereceu-se como voluntário. Ele acredita que o agressor de gays busca a mesma fragilidade que encontraria ao agredir mulheres. Por isso, seu curso terá enfoque específico para homossexuais. Claro classificou o curso como estratégia de "sobrevivência urbana".
Os alunos vão aprender a se defender, imobilizando e até desarmando um agressor. Além do curso de defesa pessoal, serão ministrados, na Jovem LGBT, cursos de criação de fanzines, dança e webTV. Todos gratuitos. O de defesa pessoal começa no sábado.
Segundo Ribeiro, os cursos são abertos também a jovens heterossexuais.
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