domingo, julho 11, 2010

"Cazuza foi um homem de coragem", diz Lucinha Araújo

Por JULIANA LISBOA

RIO DE JANEIRO – Como diz uma das músicas mais famosas de Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, “o tempo não para”. Tanto é que já se passaram 20 anos sem o cantor e compositor, que morreu aos 32 anos por conta da AIDS, no dia 7 de julho de 1990.

Emocionada, a mãe dele, Lucinha Araújo, contou ao Famosidades que acredita que o filho tenha sido mais do que somente um artista.

“Meu filho foi muito mais do que um letrista ou cantor de sucesso. Ele foi um homem de coragem, que encarou todas as adversidades com a cabeça levantada. As pessoas me perguntam como eu sou tão corajosa, e eu respondo que é ‘culpa’ do Cazuza, que foi ele quem me ensinou o que é ter coragem. Aliás, ele me ensinou muita coisa”, revelou.

Imagem: Arquivo Famosidades

Lucinha disse que ainda se permite chorar por ele e confessou que quis ter morrido junto quando o filho faleceu. “Logo que ele morreu minha vontade era de ter deitado na cama e chorado até morrer. Mas, graças ao Cazuza, mesmo, eu tive consciência de que fazer isso não traria meu filho de volta. Eu lembro que uma das últimas coisas que ele me disse foi: ‘Mãe, aconteça o que acontecer, estaremos sempre juntos’. E estamos mesmo”, completou.

Hoje Lucinha é presidente da “Sociedade Viva Cazuza”, uma ONG que ajuda a cuidar de crianças e adolescentes soropositivos. Apesar de ter recebido na última segunda (5) a doação de R$ 30 mil do estilista Carlos Tufvesson, ela contou que a sociedade ainda precisa de muita colaboração.

“Claro que fiquei muito feliz com a doação do Carlos, não esperaria menos dele. Mas só neste mês nós gastamos R$ 71 mil, então precisamos ainda de muita ajuda, sim!”, apelou.

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