terça-feira, setembro 18, 2012

Ex-governador atacou Eduardo Paes por defender políticas para gays e buscar votos em igrejas evangélicas RIO — As críticas do ex-governador Anthony Garotinho (PR) ao apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB) a políticas de defesa dos direitos dos homossexuais levaram o coordenador do programa de governo do deputado Rodrigo Maia (DEM), Marcelo Garcia, a abandonar a campanha à prefeitura do Rio. Garcia escreveu em seu site uma carta aberta a Garotinho, que apareceu no programa de Rodrigo Maia na última sexta-feira. "O senhor tenta usar a insegurança diária da comunidade gay num oportunismo político com o prefeito Eduardo Paes. Na prefeitura Cesar Maia apoiávamos a Parada Gay. Inclusive eu ia dar o beijo de abertura”, afirma Garcia, “Na prefeitura Cesar Maia iniciamos o projeto mais importante no país de proteção a travestis. Na prefeitura Cesar Maia garantimos muitos direitos de gays e lésbicas. Tenho um enorme orgulho de tudo que fiz no governo". Garcia foi secretário de Assistência Social durante a prefeitura de César Maia. Na carta, ele diz ainda que teve grande dificuldade em aceitar o convite para participar da campanha junto com Garotinho. “Quando o deputado Rodrigo Maia me falou da campanha junto com o senhor eu resisti e muito. Acabei aceitando e tentando conviver com as diferenças que são abissais entre o meu mundo e o seu. Na sexta-feira tive certeza de isso é impossível.” A filha de Anthony Garotinho, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR) é candidata a vice na chapa de Rodrigo Maia. Na última sexta-feira, Garotinho usou o horário eleitoral para criticar o apoio de Paes a causas da comunidade gay, ao mesmo tempo que busca aproximação com eleitores evangélicos. "O prefeito vai na passeata gay, apoia a formação da família gay, usa dinheiro público vendendo o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para as igrejas evangélicas e diz: 'Glória a Deus! Aleluia!' Isso é fingimento, hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar? Vale tudo para ganhar voto?", disse Garotinho. Marcelo Garcia argumenta que não pode continuar na campanha, pois o ex-governador “é prioridade”, portanto “quem tem que sair” é ele. Garotinho fala em lavagem cerebral Garotinho se defendeu das críticas em seu blog. “Olha, eu sei que existem pessoas que por conta da lavagem cerebral da mídia acham que eu tenho alguma coisa contra os homossexuais, isso porque quem não vai às paradas gays ou bate palmas é considerado homofóbico. Sim, porque fui eu o primeiro governador do Brasil a criar um Disque-Denúncia Homossexual (DDH) justamente para defendê-los da discriminação e da violência.” Responsável pela idealização do plano de governo de Rodrigo Maia, Marcelo Garcia afirmou ontem que comunicou sua saída da campanha do DEM logo após ver o programa de TV, na noite de sexta-feira. Segundo ele, nos 47 segundos que Garotinho atacou os homossexuais, o deputado descumpriu acordos firmados entre o DEM e o PR para que fosse viabilizada a aliança entre Rodrigo e Clarissa Garotinho. — As reuniões aconteceram na minha casa. Deixei claro que a homofobia não seria tolerada. Ele usou um espaço precioso na TV, que deveria ser utilizado para mostrar propostas para os eleitores, e não para abordar questões que não dizem respeito à campanha. Eu não poderia ter outra atitude, a não ser deixar a campanha. Não quero caminhar em direção à lama para onde Garotinho caminha — disse Garcia, amigo do pai de Rodrigo, o ex-prefeito Cesar Maia. O prefeito Eduardo Paes preferiu não comentar as agressões de Garotinho, assim como a coordenação de campanha de Rodrigo.

http://oglobo.globo.com/pais/coordenador-deixa-campanha-de-rodrigo-maia-apos-criticas-de-garotinho-direitos-homossexuais-6108736#ixzz26pV2aPWX

Ex-governador atacou Eduardo Paes por defender políticas para gays e buscar votos em igrejas evangélicas
RIO — As críticas do ex-governador Anthony Garotinho (PR) ao apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB) a políticas de defesa dos direitos dos homossexuais levaram o coordenador do programa de governo do deputado Rodrigo Maia (DEM), Marcelo Garcia, a abandonar a campanha à prefeitura do Rio. Garcia escreveu em seu site uma carta aberta a Garotinho, que apareceu no programa de Rodrigo Maia na última sexta-feira.
"O senhor tenta usar a insegurança diária da comunidade gay num oportunismo político com o prefeito Eduardo Paes. Na prefeitura Cesar Maia apoiávamos a Parada Gay. Inclusive eu ia dar o beijo de abertura”, afirma Garcia, “Na prefeitura Cesar Maia iniciamos o projeto mais importante no país de proteção a travestis. Na prefeitura Cesar Maia garantimos muitos direitos de gays e lésbicas. Tenho um enorme orgulho de tudo que fiz no governo".

Garcia foi secretário de Assistência Social durante a prefeitura de César Maia. Na carta, ele diz ainda que teve grande dificuldade em aceitar o convite para participar da campanha junto com Garotinho.

“Quando o deputado Rodrigo Maia me falou da campanha junto com o senhor eu resisti e muito. Acabei aceitando e tentando conviver com as diferenças que são abissais entre o meu mundo e o seu. Na sexta-feira tive certeza de isso é impossível.”

A filha de Anthony Garotinho, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR) é candidata a vice na chapa de Rodrigo Maia. Na última sexta-feira, Garotinho usou o horário eleitoral para criticar o apoio de Paes a causas da comunidade gay, ao mesmo tempo que busca aproximação com eleitores evangélicos.

"O prefeito vai na passeata gay, apoia a formação da família gay, usa dinheiro público vendendo o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para as igrejas evangélicas e diz: 'Glória a Deus! Aleluia!' Isso é fingimento, hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar? Vale tudo para ganhar voto?", disse Garotinho.

Marcelo Garcia argumenta que não pode continuar na campanha, pois o ex-governador “é prioridade”, portanto “quem tem que sair” é ele.

Garotinho fala em lavagem cerebral

Garotinho se defendeu das críticas em seu blog. “Olha, eu sei que existem pessoas que por conta da lavagem cerebral da mídia acham que eu tenho alguma coisa contra os homossexuais, isso porque quem não vai às paradas gays ou bate palmas é considerado homofóbico. Sim, porque fui eu o primeiro governador do Brasil a criar um Disque-Denúncia Homossexual (DDH) justamente para defendê-los da discriminação e da violência.”

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