Cearense estudou a aceitação de travestis nas escolas.
Trabalho foi apresentado na Universidade Federal do Ceará nesta sexta.
Luma Andrade na defesa de tese nesta sexta-feira (17) na Universidade Federal do Ceará (Foto: Igor Grazianno/UFC)
A professora cearense Luma Andrade defendeu tese nesta sexta-feira
(17), em Fortaleza, e se tornou aos 35 anos a primeira travesti a ter
título de doutorado no país. A banca de cinco professores que avaliaram o
trabalho durante três horas indicou o material à publicação, segundo
Luma. “Para além da nota, a indicação para publicação de um livro é
ainda mais importante porque mostra que eles consideraram o trabalho de
extrema relevância'', disse. Luma pretende agora seguir carreira
política e preparar-se para o pós-dourado.Filha de agricultores analfabetos, Luma nasceu João Filho Nogueira de Andrade na cidade de Morada Nova, a 163 quilômetros de Fortaleza, mas no dia da mulher de 2010, ganhou o direito de mudar os documentos sem a operação de mudança de sexo. “Canalizei toda a energia para os estudos e, assim, fui conquistando respeito de todos. Busquei no estudo uma alternativa de vida melhor”, afirmou.
Aos 18 anos, Luma passou no vestibular para o curso de Ciências da Universidade Estadual do Ceará (Ceará), no campus de Limoeiro do Norte. Em 1998, foi aprovada no concurso para professor efetivo da rede municipal de Morada Nova e também começou a ensinar em escolas estaduais e particulares e depois obteve o título de mestre em Desenvolvimento do Meio Ambiente em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Com o título de mestre, em 2003, ela prestou concurso para a rede estadual de ensino de Aracati e, de quatro vagas, foi a primeira e única aprovada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário