Esta semana, o Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, começou a disponibilizar 14 leitos na enfermaria destinados a atender pacientes portadores do vírus da AIDS. Até o final deste ano, a unidade hospitalar implantará um serviço ambulatorial com capacidade de até dois mil pacientes cadastrados. No ambulatório especializado, os pacientes terão acesso a exames como colonoscopia, endoscopia e broncoscopia. Poderão receber medicação intravenosa em regime de "day clinic" e, em caso de necessidade, os leitos exclusivos para internação serão progressivamente ampliados.
- Em função do perfil epidemiológico da AIDS no Brasil e no nosso estado, é fundamental garantir o aumento e qualificação da oferta assistencial, considerando a especificidade e complexidade da doença e as questões de estigma e preconceito que, infelizmente, ainda estão muito presentes - afirma a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto.
Outra unidade da rede estadual de saúde que já tem
ambulatório de HIV é o Hospital Azevedo Lima, em Niterói, que conta com 700
pacientes cadastrados e tem média de 490 pessoas atendidas por mês. O
ambulatório funciona de segunda a sexta, das 7h às 17h. São três médicos, além
de nutricionista, psicólogos, enfermeiros e farmacêuticos.
Apesar de essa ser uma atribuição da atenção básica -
portanto municipal - o Governo do Estado do Rio de Janeiro tem assumido esse
compromisso face à carência de atendimento a estes pacientes.
Testes e Medicamentos
O acompanhamento ambulatorial aos portadores do vírus da
AIDS, como exames complementares e atendimento clínico, é realizado em centros
de saúde, hospitais especializados e universitários pertencentes às três esferas
de governo. As estratégias de ampliação de oferta do diagnóstico de HIV na rede
pública de saúde funcionam da seguinte forma: o Ministério da Saúde envia para a
Secretaria de Estado de Saúde os kits para a realização dos testes rápidos de
diagnóstico da doença e a SES os distribui para os municípios. Em média, são
repassados 2.640 kits por mês.
Já os medicamentos retrovirais para os portadores de HIV, são
fornecidos pelo Ministério da Saúde. O Estado é responsável pelos medicamentos
para as doenças oportunistas associadas.
Em todo o estado do Rio de Janeiro há 32.598 adultos e 517 crianças em tratamento pela doença. As maiores taxas de incidência encontram-se nas regiões Norte Fluminense, Baía de Ilha Grande e Capital.
Em 1998, o índice era de 31,5 casos por 100 mil/habitantes;
Em 2008, o número caiu para 16,4 casos por cada 100/habitantes, e a estatística
foi mantida em 2010.
Jornal do
Brasil
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