Após ter o direito de ter o nome
social reconhecido nos diários de ensino e no local de trabalho por
meio de um pacote de ações do estado. A professora de Uberlândia,
Sayonara Nogueira, de 37 anos, aguarda a liberação do Sistema Único de
Saúde (SUS) para conseguir a cirurgia de readequação sexual,
popularmente conhecida como mudança de sexo, e com isso conseguir na
justiça o direito de mudar o nome em documentos como RG e CPF.
Sayonara Nogueira foi a primeira
pessoa na cidade a requerer a mudança para o nome social ( nome
feminino adotado pelos transexuais) em Minas Gerais. Desde novembro, ela
assina o diário escolar e o caderno de ponto com o nome social e não
com o nome civil, Marcos Nogueira. O pedido de mudança foi possível por
meio de um pacote de ações contra preconceito à gays, criado pelo
governador de Minas, Antonio Augusto Anastasia. A resolução 8.496
assegura às pessoas transexuais e travestis a identificação pelo nome
social em comunicações internas do poder Executivo.
Agora
a luta da professora é pela cirurgia de readequação sexual. Após o
procedimento, Sayonara pretende entrar na justiça novamente para
conseguir a alteração do nome em documentos como RG e CPF. “Meus
documentos de trabalho já foram alterados, agora estou esperando
terminar o tratamento exigido pelo SUS e conseguir a cirurgia para poder
alterar o CPF e RG. Decidi esperar, pois se essa troca fosse feita
agora, meu nome seria apenas complementado com meu nome civil nos
documentos”, afirmou.
Sobre o processo da cirurgia a
professora conta que em julho completa um dos requisitos estabelecidos
pelo SUS que é um tratamento clínico por um período de dois anos. Em
Uberlândia, segundo Sayonara , quatro pessoas seguem o tratamento e
estão na fila pela cirurgia. “Para conseguir a cirurgia através do SUS
temos que seguir um tratamento clínico acompanhado por diversos
especialistas, desde endocrinologistas até psicólogos. As reuniões são
semanais e depois de cumprir esse prazo já podemos conseguir o direito
de fazer o procedimento”, finalizou a professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário