sexta-feira, setembro 09, 2011

Rapazes dizem ter sido agredidos na região da Paulista

Agredido diz que ele e amigo foram confundidos com homossexuais.
Arquiteto teria reagido à agressão. 'Tomei a luminária e corri atrás deles'.

Letícia MacedoDo G1 SP
O arquiteto Bruno Chiarioni Thomé, de 33 anos, afirmou na noite deste domingo (28) ter sido agredido por um grupo de seis rapazes na Rua Augusta, nas proximidades do Metrô Consolação, na região da Avenida Paulista, por volta das 4h30 de sábado (27). Ele estava acompanhado de um amigo, que também foi agredido. Segundo o arquiteto, os dois foram confundidos com homossexuais.
“Primeiro, eles jogaram um copo de cerveja, que passou por mim e eu não vi. Depois jogaram uma pedra dessas que pavimentam a calçada que acertou a minha cabeça”, contou o arquiteto ao G1 por telefone.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), seguranças do Metrô foram chamados e apuraram que os dois rapazes foram agredidos por um grupo de pessoas desconhecidas. Neste grupo, estava um designer de 19 anos. De acordo com a SSP, o designer afirma que passava pelo local quando se envolveu na briga. Ele afirma também ter sido agredido pelo arquiteto. No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como uma briga envolvendo três rapazes. Não está especificado quem é vítima ou autor das agressões. No B.O não há menção à homofobia.
Uma luminária utilizada nas agressões foi apreendida pela polícia. A assessoria de imprensa da SSP, no entanto, não soube informar a quem pertencia o objeto.

“Quando fui perguntar o que tinha acontecido, a resposta já foi agressiva e homofóbica: ‘O que você está fazendo aqui, viadinho?’, perguntou um deles”, disse o arquiteto.
Segundo Chiarioni Thomé, os supostos agressores estavam organizados em três duplas, sendo que uma delas segurava uma luminária, de cerca de um metro, que foi utilizada na agressão. “Deram socos, chutes e nos atacaram com a luminária", contou.
O arquiteto afirmou que ele e o amigo, que voltavam de uma boate, revidaram. “Eu tomei a luminária deles e corri atrás deles. Quando os seguranças do Metrô chegaram, eu estava com a luminária na mão”, disse.

Chiarioni Thomé foi levado para o Hospital das Clínicas e não esteve na 1ª Seccional onde o boletim de ocorrência por agressão corporal foi registrado. Ele disse que deve procurar a polícia na manhã de segunda-feira (29) e vai fazer a representação para que os envolvidos respondam criminalmente pela agressão. “Parece que virou modinha agredir. Eles não esperavam que fôssemos reagir”, declarou.

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