sexta-feira, agosto 05, 2011

Assassinato de Gilvan em Insensato Coração e Caso Alexandre (V)Ivo

RETA FINAL DE INSENSATO CORAÇÃO: GILVAN, “um menino gay, branquinho,
do interior, órfão de mãe, sofre preconceitos do pai e do irmão por
ser gay, vem para o Rio de Janeiro, não tem onde morar, seu dinheiro
acaba quando chegou por conta da Parada LGBT, pelo alto preço dos
produtos, acolhido pela dona do quiosque LGBT onde arrumou trabalho e
moradia” foi ASSASSINADO, mas com ele, nos próximos capítulos, vai o
casal gay Hugo e Eduardo, pelas mãos do mesmo assassino.
Na vida real, estamos na RETA FINAL DO PROCESSO CRIMINAL DE ALEXANDRE
IVO, pelo menos dia 11 de agosto, às 14 horas, será o tão esperado
depoimento dos três suspeitos do assassinato, última audiência
processual e o pronunciamento da Juíza Patrícia Aciolli da 4ª Vara
Criminal de São Gonçalo-RJ.


Na novela Insensato Coração, as cenas do assassinato do menino GILVAN:

http://insensatocoracao.globo.com/videos/v/cena-048-vinicius-e-seus-amigos-cercam-gilvan/1586870/

http://insensatocoracao.globo.com/videos/v/cena-048-vinicius-mata-gilvan/1586877/

Bem, pode-nos parecer que a realidade se misturou com a ficção, no
caso do assassinato do menino GILVAN e o caso ALEXANDRE IVO na novela
Insensato Coração. Claro, é uma obra de ficção, mas muito nos faz
lembrar, que há exato um ano e um mês, morria nosso ALEXANDRE IVO. Mas
o mundo real não é o ficcional das novelas, no mundo real, o rosto
transfigurado pelas agressões, as lesões corporais, os dentes
quebrados, a cabeça rachada, o sangue escoado no chão e o corpo quase
que esquartejado APARECEM para infelicidade, dor, sofrimento e
tristeza para seus familiares e amigos.


Pode parecer que a aparição do GILVAN, um menino de mesmo biotipo e
características do ALEXANDRE IVO, branco, de bom porte pela idade, bem
apessoado, apresentável, carinhoso, meigo, inteligente, sorridente,
sensível e educado, tenha aparecido no folhetim global para mostrar
que o mundo perverso e homofóbico está cada vez mais violento e cruel,
que é necessário mais que denúncias pelos crimes de ódio contra a vida
de LGBT, que é urgente a luta por uma legislação federal específica
que criminalize a homofobia para que haja um cessar de tantas mortes
cruéis e violentas, tantas agressões e violações de direitos humanos
de LGBT, e não exclusivamente, em qualquer faixa etária e geração, mas
em particular com a juventude que vem cada vez mais sendo exterminada
socialmente.
O fato é que ao ver um personagem tão parecido com o Alexandre Ivo,
inclusive no seu assassinato - pois é notório e público e as provas
são incontestes, um único assassino não exterminaria sozinho sua
vítima, eles andam em dupla, em tripla e até mais - separamos a ficção
da realidade. O encontro da sua mãe adotiva carioca da novela com o
corpo do Gilvan foi o mesmo quando Angélica Ivo, a mãe da vida real,
encontra seu filho no IML, só que com mais intensidade, com mais
realidade e muito mais muitas lágrimas, pois o que a TV não mostra é
feio – assim como a troca de afeto público ou privada do casal gay
Hugo e Eduardo, que terão o mesmo fim do Gilvan e do ALEXANDRE IVO,
serão assassinados..


Ao que parece é que as cenas da MORTE devem também ter sido
censuradas, mas está lá um corpo frio estendido no chão, tanto do
Gilvan, como do Alexandre Ivo. Na TV só mostra os pés do menino, mas
na vida real, estampada no jornal da cidade, o corpo de Alexandre Ivo
apareceu, justamente, a reportagem estava na íntegra nas páginas
policiais. Como na novela, seu assassinato não foi a “queima-roupa”,
mas se diferenciou porque além dos socos e chutes, também teve paulada
sobre todo o corpo, mas exclusivamente, como na novela, na cabeça,
tanto que o laudo detalha o seu traumatismo craniano, mas diferente da
novela, ele foi enforcado com sua própria camiseta, aquela da seleção
brasileira de futebol, já que ele saiu vestido assim, simplesmente
porque foi assistir a um jogo do Brasil por ocasião da Copa do Mundo
na casa de sua amiga lésbica, junto com outros amigos gays e lésbicas.
Outra diferença é a idade, apesar das aparências, o Gilvan diz ter 18
e o ALEXANDRE IVO tinha somente 14 anos de idade e tinha sonhos e
planos, diferente do Gilvan, sobre o futuro, mas ambos de igual forma
tinham desejos de viver se não fosse a retirada violenta desse direito
por parte de alguns que sem civilidade, sem culpa e remorsos,
continuam vivos por aí contando com a impunidade.


Pela Vida
Pela Paz
Tortura e Impunidade Nunca Mais!
Pela Criminalização da Homofobia!

Abraços Fraternos,

Angélica Ivo (mãe),
Paula Ivo (irmã),
Prof. Marco José Duarte - UERJ (primo)

alexandrevivo.blogspot.com http://alexandrevivo.blogspot.com/2011/08/reta-final-de-insensato-coracao-e-o.html?spref=fb

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