quinta-feira, junho 02, 2011

Fórum: ‘A homossexualidade é um mistério’

Sidnei Barros
Fórum: ‘A homossexualidade é um mistério’
Edith Modesto abriu o Fórum Sobre Homoafetividade: “O trabalho com os pais é um trabalho terapêutico”
Fórum: ‘A homossexualidade é um mistério’
Mônica Kikuti
A professora universitária, especialista em diversidade sexual e questões de gênero, Edith Modesto, abriu, na manhã de ontem, o Fórum sobre Homoafetividade, nas Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos.
Edith conversou com uma plateia formada, majoritariamente, por alunos de Psicologia e discorreu sobre o preconceito e a aceitação, tanto dos próximos homossexuais, quanto de seus familiares. “Em primeiro lugar, todo mundo, desde que nasce, tem o preconceito internalizado. Em segundo, a homossexualidade é um mistério. Ninguém nunca descobriu cientificamente o que faz uma pessoa ser homossexual. São apenas suposições”, disse a pesquisadora que tem um filho gay e, por isto, fundou, em 1996, o Grupo de Pais de Homossexuais (GPH), primeira ONG brasileira para aproximar os pais de seus filhos homossexuais.
Edith relatou alguns episódios vividos por ela durante o processo de aceitação do filho e histórias de gays e familiares  que buscaram ajuda por meio do GPH. “O trabalho com os pais é terapêutico. Somos o único grupo no mundo que faz isto. Recebo 400 mensagens por dia de pais e de homossexuais”.
O Fórum sobre Homoafetividade ainda contou com palestra da psicóloga Larissa Alves Bonfa e da advogada Cleo Dumas, além de debates mediados por homossexuais.
DEPOIMENTO: “Já vivenciei a fase do luto ”
“Tenho 3 filhos, dois meninos e uma menina. O menino do meio, eu já sabia que ele era diferente e fiquei pensando: será que ele vai ser gay? Quando ele fez 20 anos, perguntei para ele e ele confirmou que era gay. Depois, minha filha começou a namorar. Perguntei: é com homem ou com mulher? E era com mulher. Eu não podia acreditar! Perdi o chão. Ela sempre foi extremamente feminina, eu nunca desconfiei. Me senti perdida. Tive vontade de colocar minha filha pra fora de casa. Toda a rejeição que eu não tive com meu filho do meio, tive com ela. Procurei o GPH e agora estou melhorando. Já vivenciei a fase do luto e agora convivo com a namorada dela. Mas, não é fácil.”, declarou Suzana, participante do GPH e mãe de dois filhos homossexuais.
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