“Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou cientificas, coroadas ou populares. Detesto os estados de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação pública” Rui Barbosa (1849-1923) escritor e político baiano, foi duas vezes candidato `a Presidente da Republica.
Jamais no Brasil essas palavras foram tão verdadeiras na atual história contemporânea dessa nação e no Movimento LGBT.
Acabei de ler mais de 650 comentários sobre esse terrível episódio de um menino indefeso e solitário, em uma escola pública em território nacional, ser espancado com uma platéia passiva, violência essa que não é isolada no território brasileiro todos os dias e todas as horas. Essa pelo menos foi registrada pela tecnologia e exposta como troféu em uma rede social YouTube.
O que mais me incomodou depois dessas imagens lamentáveis, dessa agressão gratuita, dessa violência encapuzado de coronéis mirins, foram as palavras pejorativas tais quais (viadinho), por pessoas que defendiam até mesmo a vítima.
Ao analisarmos as falas, percebe-se que a “Vítima”, passa a ser a culpada, pois se teve ou não relação com o seu algoz, isto não é relevante. Se anunciou ou não o ato consumado, isto, também não é relevante. Quem comeu ou deu, isto também não é relevante.
O que ficou explicito nesta salada de comentários (alguns infelizes) é ainda a culpa que o/a jovem afeminado/a, passivo/a passa a ser a causador/a dessas atrocidades sociais, dessas violências urbanas, ela é a culpada de ser espancada ou morta. Ela causou a fúria no furioso moralista, doente, desequilibrado. Esse tipo de comentário passou a ser rotina no imaginário popular.
A “Vítima” é a culpada! Matei, por que ele/a "buliram" comigo. O ser humano "perverso, pequeno, violento por natureza", não necessariamente precisa ser um "Enrustido", como muitos citam nos comentários desse triste episódio.A falta de solidariedade e o acumulo de preconceito no ser humano, ainda é uma pedra muito pesada na balança da intolerância mundial. Ver esse vídeo, só estimula-me a continuar nesta luta sem fim, pois enquanto não mudarmos nossos conceitos, comportamentos, atitudes preconceituosas e pequenas, ainda continuaremos a nos deparar com tanta violência e mortes súbitas.
Por que se mata tanto no Brasil?O que gera a violência gratuita contra negros, homossexuais e pobres, nesta nação? O que se fazer com atitudes enlouquecidas e palavras nazistas, extremistas do Deputado Jair Bolsonaro em entrevista homofóbica e racista chocante que abalou em rede nacional, expondo o preconceito terrível que ainda assombra o Brasil? Como ele, tantos outros fazem isto todos os dias e continuam tendo o aval da mídia para fazerem suas propagandas HITLERIANAS diariamente.Programas de televisão e rádios são os maiores formadores de opiniões homofóbicas do Brasil. Vagner Almeida www.vagnerdealmeida.com
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