Por : Étienne Dutil [08-04-2011]
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O Vice-presidente do Centro Nacional de Pesquisa italiano, Roberto De Mattei fez escândalo com sua teoria sobre a "peste homossexual" e o "castigo divino" que ameaçaria a civilização ocidental.
Professor de universidade e historiador do cristianismo, Roberto De Mattei a provocou escândalo com uma exposição consagrada à queda do Império romano, no curso do qual ele qualificou Cartago de "paraíso do deboche e dos homossexuais" antes de afirmar que os Bárbaros tinham servido de instrumento a Deus para "castigar essa transgressão moral" e erradicar "essa peste". Tudo se baseando em um autor do Vº século, Salvien de Marseille.
Ele defendeu essa tese na Rádio Maria, uma rádio integrista, em janeiro passado, acrescentando que ele era ainda atual. «Nós vivemos em uma época onde os piores vícios são alimentados pelas mídias de massa e mesmo inscritos na lei como a dos direitos do Homem. Deus tira o bem do mal, mas o mal deve ter sua pena, no tempo ou na eternidade», estimou o historiado.
Os propósitos - passados então despercebidos - foram recuperados nesses últimos dias por um site pró laicidade que mantém o professor em sua viseira por seus ataques ao feminismo e os projetos de leis anti-discriminação que, segundo ele, impõem «uma inadmissível censura sobre toda crítica moral do comportamento sexual». O mais inquietante é que esse homem é hoje Vice-presidente do Centro Nacional de Pesquisa italiano. Uma petição, iniciada por universitárias e que reúnem mais de 10 000 assinaturas, reclama sua demissão.
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