Parênteses sobre a nota da Anvisa
(Parênteses do post acima: o problema é que a Anvisa, em sua argumentação, procura associar o homossexual masculino ao maior risco de contaminação pelo HIV e outras DSTs - muito embora, segundo o Boletim Epidemiológico AIDS 2010 do nosso Ministério da Saúde, apenas no período entre 1980 e 1997 os homossexuais masculinos tenham sido maioria nos números da AIDS. Com efeito, desde 1998, este grupo é minoritário em relação aos homens heterossexuais, numa relação de mais de 2 para 1; ou seja, o carro-chefe da argumentação da Anvisa é um dado que, por ocasião da redação da nota, estava quase 10 anos desatualizado.
Para completar, a Anvisa alega que "os serviços de hemoterapia são muitas vezes procurados para fins de diagnóstico de HIV por pessoas com comportamento de risco acrescido, incrementando desta forma a chance de transmissão". Só não fica claro se essa atitude é prerrogativa dos homossexuais, e se há alguma evidência científica que comprove isso. Fecha parênteses...)
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