sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Bolsonaro critica 'kit gay' e diz querer 'mudar alguma coisa' na Câmara

Deputado do PP defendeu candidatura dele à presidência da Câmara.
Ele disputa cargo com outros três deputados nesta terça-feira.

Do G1, em Brasília
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), um dos quatro candidatos à presidência da Câmara, criticou nesta terça-feira, durante defesa de sua candidatura em plenário, a distribuição às escolas pública de um kit do Ministério da Educação contra a homofobia e defendeu seu nome para a função "para mudar alguma coisa".
"Jovens parlamentares, este ano está sendo distribuindo um 'kit gay' que estimula o homossexualismo e a promiscuidade. Temos de trazer esse tema aqui para dentro, votar essa questão, e não deixar que o governo leve esse tema para a garotada", afirmou.
"Se eu hoje estou aqui é porque eu quero tentar mudar alguma coisa. Nós queremos resgatar a credibilidade. E uma coisa muita importante. O partido que está no governo é um partido profissional, eles lutam em primeiro lugar para continuar no poder e tudo farão para permanecer no poder", disse, em crítica ao PT, que apoia a candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS)
Bolsonaro fez a defesa de sua candidatura após o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que preside a sessão que vai eleger o novo presidente da Câmara, conceder 15 minutos para que cada um dos quatro candidatos ao cargo - Marco Maia (PT-RS), Sandro Mabel (PR-GO) e Chico Alencar (PSOL-RJ) pudesse expor seus pontos de vista.
Bolsonardo criticou ainda a dependência do Legislativo em relação ao Executivo no que diz respeito à liberação de emendas parlamentares. "Vamos tirar da escravidão que nós vivemos no Executivo, jovens deputados. Os deputados, sem emenda individual, pouco têm a apresentar junto a sua base. O governo só libera então as emendas individuais caso os parlamentares votem algo que não é muito republicano, como por exemplo ressuscitar a CPMF", disse.
Militar da reserva do Exército, Bolsonaro criticou a proposta de criação de uma comissão da verdade para investigar ações ocorridas durante a ditadura. "Na verdade a comissão da verdade é uma comissão da mentira. Sete membros serão do poder Executivo. Eles não querem democracia. Eles querem humilhar ainda mais as Forças Armadas. A comissão da verdade não quer apurar crimes como execuções, não quer apurar carros-bombas. É uma comissão da mentira", declarou.
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