Ativistas do movimento de luta contra a aids criticam eleição do ministro Alexandre Padilha para presidir Conselho Nacional de Saúde A eleição do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para o cargo de Presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi considerada por ativistas na luta contra as DST/Aids como um “retrocesso”. “Como o ministro irá fiscalizar seu próprio trabalho?”, questionou o ativista Beto Volpe, fundador do Grupo Hipupiara, de São Vicente-SP. Padilha foi eleito nessa quarta-feira presidente da principal instância de controle social do Sistema Único de Saúde (SUS). O CNS reúne representantes de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço. Beto acredita que “por mais que o ministro seja comprometido com o bom funcionamento do SUS, não há como fazer controle social”, ocupando tal cargo. O presidente do CNS é responsável por coordenar a mesa diretora e dialogar com o Ministério da Saúde e demais órgãos do governo para o cumprimento das decisões no setor. Segundo o coordenador do Fórum de ONG/Aids do Estado do Rio de Janeiro, Willian Amaral, ficou combinado na última gestão do CNS que o próximo a presidir o conselho seria um usuário do SUS. “Essa gestão poderá representar a privatização dos serviços de saúde”, disse. Araújo Lima Filho, do grupo Espaço de Prevenção Humanizada, de São Paulo, disse ter ficado surpreso com a notícia, mas acredita que Padilha poderá fazer um bom trabalho na presidência do conselho. “Espero apenas que o ministro tenha consciência que esse é um espaço de controle social”, comentou. Padilha assume o cargo deixado pelo farmacêutico Francisco Batista Júnior, eleito há quatro anos. A Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde foi contatada, mas ainda não respondeu as críticas dos ativistas. |
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
Ativistas criticam eleição de Alexandre Padilha no CNS
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