quinta-feira, janeiro 27, 2011

MINISTRO PATRIOTA PROTESTE ASSASSSINATO LIDER GAY UGANDA!!!

Salvador, 27-1-2011

Exmo. Sr. Ministro do Exterior
Dr. Antonio Patriota,
Itamaraty, Brasilia

http://www.itamaraty.gov.br/fale-com-ministro

Prezado Ministro
Saudações!

Conforme noticiou a mídia internacional, o principal militante homossexual de Uganda, David Kato, foi ontem brutalmente assassinado, pouco tempo depois de sua foto ter sido publicada nos jornais locais, em matéria estimulando o enforcamento dos LGBT.
Como desde 1970 o Brasil mantém relações diplomáticas com Uganda, o Grupo Gay da Bahia e o Grupo Quimbanda Dudu de Gays Negros da Bahia, vem através desta, solicitar imediata e enérgica declaração e atuação vossa e da Presidenta Dilma Roussef, junto ao Presidente da República de Uganda, no sentido de investigar e punir este abominável crime, requerendo proteção de vida e garantias constitucionais à comunidade LGBT ugandense.
No aguardo de vossa pronta resposta, atenciosamente

Prof.Dr. Luiz Mott
Decano do Movimento Homossexual Brasileiro

Marcelo Cerqueira
Coordenador do Grupo Quimbanda Dudu de Gays Negros da Bahia

Uganda: Um militante dos direitos LGBT batido até a morte em seu domicílio Par Habibou Bangré jeudi 27 janvier 2011, à 13h06 | 525 vues Plus de: Ouganda , David Kato Na frente do combate contra um projeto de lei anti-homossexualidade em seu país, David Kato foi morto em sua casa quarta-feira 26 de janeiro.
Homofobia, crime canalha? O motivo exato do crime não é ainda conhecido, a polícia investiga. David Kato (ao lado) temia por sua vida após os outings e as chamadas ao crime homofóbicos do tablóide ugandense Rolling Stone (ler sua entrevista para TÊTU de 9 de janeiro passado  ). Ele havia também alertado as autoridades. Mas quarta-feira 26 de janeiro, no início da tarde, o militante LGBT de 43 anos foi assassinado em sua casa, a 15 km a leste da capital Kampala. Ele teria sido batido até a morte por razões ainda não elucidadas. O advogado de David Kato, John Francis Onyango, explicou a CNN que dinheiro e vestimentas haviam desaparecido, e que mandatos de prisão haviam sido lançados contra dois suspeitos.«Um pai, um mentor» Em Uganda, os companheiros de luta de David Kato estão sob choque. «É muito difícil para nós acreditar que nos próximos dias ele não nos chamará, ele não nos enviará textos ou não nos advertirá do que se diz nos jornais ou se passa lá fora», confia a TÊTU, desabado, Gerald (prenome modificado), administrador na Smug. Ele acrescenta que, mais do que um amigo confiável, David Kato era para muitos militantes do país «um pai, um mentor». A imagem que Gerald guardará dele? «David era muito positivo em suas palavras, suas ações, seus sentimentos. Ele era um ativo reservatório de reflexões para a
Smug. Ele era brilhante, inteligente. Um homem de palavra.» Em um comunicado publicado nessa quinta-feira, Human Rights Watch (HRW) demanda à polícia investigar de modo «urgente e imparcial». A organização
dos direitos humanos americana estima por outro lado que o governo «deveria assegurar que os membros da comunidade LGBT de Uganda sejam adequadamente protegidos das violências e agir rapidamente contra todas as ameaças ou os discursos de ódio susceptíveis de incitar a violência, a discriminação ou a hostilidade contra eles».

Manifestação segunda-feira
Fazendo parte quinta-feira das mesmas solicitações em um outro comunicado, a associação francesa Tjenbé Rèd Fédération anuncia que ela «endereça hoje uma carta a Michèle Alliot-Marie, ministra dos Negócios estrangeiros, afim de que a França apresente oficialmente as mesmas exigências». Ela organiza além disso uma manifestação diante da embaixada de Uganda em Paris, segunda-feira 31 de janeiro entre 17h30 e 18h30, para render homenagem ao encarregado dos pleitos e dos litígios na Sexual Minorities Uganda (Smug).

Após ter sido exposto à punição por Rolling Stone, que acusava os militantes homossexuais de «recrutar» a juventude ugandense, David Kato e outros ativistas haviam obtido reparações e indenizações diante da justiça e sobretudo uma injunção da Alta corte interditando a todas as mídia de colocar em praça pública o nome ou as coordenadas de qualquer homossexual presumido. Sua desaparição intervém enquanto que as eleições gerais e presidenciais estão previstas para 18 de fevereiro - e que numerosos militantes pleiteiam por uma repressão maior da homossexualidade, sob a influência crescente de pastores evangelistas americanos. Sem dúvida os mesmos religiosos que apóiam o anti-gay bill do deputado David Bahati - um projeto de lei que David Kato qualificava de anti-democrático e anti-africano, apelando ao presidente que deixa o cargo Yoweri Museveni a «enterrá-lo definitivamente». Uma queixa que reiteram HRW e Tjenbé Rèd em seus comunicados.

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