Ativismo brasileiro pode abandonar luta por união estável e passar a exigir casamento homo
Por Welton Trindade em 11.01.2011 : : 10h04Presidente da ABGLT, Toni Reis. Projeto de lei contra homofobia pode ser abandonado em nome de outro mais amplo
O ano é novo, mas esse adjetivo parece ter envolvido a ativismo LGBT de forma incrível. A briga pela união estável no Brasil pode acabar em nome do casamento homossexual. O projeto de lei contra a homofobia pode ser descartado pelos ativistas para que se crie uma “lei Maria da Penha” que proteja LGBTs. Até deputado federal gay assumido e consciente temos de novidade!
Tanta discussão sobre o novo está na agenda do presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, que acaba de voltar de 20 dias de descanso. Mas a luta o chama. Nesta entrevista exclusiva ao ParouTudo , o ativista mostra que o fôlego está renovado, assim como as estratégias para tirar o Brasil do atraso em relação aos direitos arco-íris.
Como você analisa o novo Congresso Nacional?
A configuração atual do congresso está mais favorável à comunidade LGBT. Teremos o primeiro deputado gay militante assumido na Câmara, o querido Jean Wyllys. Já num levantamento preliminar, temos em torno de 150 parlamentares com história de defesa da livre orientação sexual e identidade de gênero.
A senadora Marta Suplicy já anunciou publicamente que gostaria de retomar a causa LGBT no Congresso. Em fevereiro, vamos fazer o planejamento estratégico da ABGLT e, logo após, teremos reuniões tanto no Senado como na Câmara para juntos chegarmos a uma estratégia comum.
O primeiro deputado gay ativista, Jean Wyllys: representante de um Congresso Nacional mais favorável a LGBTsO ano é novo, mas esse adjetivo parece ter envolvido a ativismo LGBT de forma incrível. A briga pela união estável no Brasil pode acabar em nome do casamento homossexual. O projeto de lei contra a homofobia pode ser descartado pelos ativistas para que se crie uma “lei Maria da Penha” que proteja LGBTs. Até deputado federal gay assumido e consciente temos de novidade!
Tanta discussão sobre o novo está na agenda do presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, que acaba de voltar de 20 dias de descanso. Mas a luta o chama. Nesta entrevista exclusiva ao ParouTudo , o ativista mostra que o fôlego está renovado, assim como as estratégias para tirar o Brasil do atraso em relação aos direitos arco-íris.
Como você analisa o novo Congresso Nacional?
A configuração atual do congresso está mais favorável à comunidade LGBT. Teremos o primeiro deputado gay militante assumido na Câmara, o querido Jean Wyllys. Já num levantamento preliminar, temos em torno de 150 parlamentares com história de defesa da livre orientação sexual e identidade de gênero.
A senadora Marta Suplicy já anunciou publicamente que gostaria de retomar a causa LGBT no Congresso. Em fevereiro, vamos fazer o planejamento estratégico da ABGLT e, logo após, teremos reuniões tanto no Senado como na Câmara para juntos chegarmos a uma estratégia comum.
Quais os planos a respeito do projeto de lei complementar 122/06, que criminaliza a homofobia?
Há três propostas. Na primeiroa, faríamos um movimento para conseguir as 27 assinaturas dos senadores necessárias para desarquivar o projeto e continuar a discussão. A segunda é fazer outro projeto de lei.
Outra proposta é construir uma proposta parecida com a lei Maria da Penha, voltada para LGBT. Tudo está sendo discutido por vários parlamentares com os quais temos contato. No final de fevereiro com certeza teremos uma proposta fechada.
E com relação à união estável?
Vamos continuar com a proposta do projeto 4914/2009, que foi assinada por 12 parlamentares de partidos diferentes. Entretanto, neste ano, teremos o IV Congresso da ABGLT, em Belo Horizonte, no qual será discutido se vamos continuar com este projeto ou se reivindicaremos o casamento civil, conforme foi aprovado na Argentina, Portugal e Espanha. Tudo será discutido minuciosamente. O nome social para pessoas trans também é nossa prioridade.
Ativista diz ter grande confiança que Dilma Rousseff fará governo pró-LGBT: maioria dos ministros defende causaHá três propostas. Na primeiroa, faríamos um movimento para conseguir as 27 assinaturas dos senadores necessárias para desarquivar o projeto e continuar a discussão. A segunda é fazer outro projeto de lei.
Outra proposta é construir uma proposta parecida com a lei Maria da Penha, voltada para LGBT. Tudo está sendo discutido por vários parlamentares com os quais temos contato. No final de fevereiro com certeza teremos uma proposta fechada.
E com relação à união estável?
Vamos continuar com a proposta do projeto 4914/2009, que foi assinada por 12 parlamentares de partidos diferentes. Entretanto, neste ano, teremos o IV Congresso da ABGLT, em Belo Horizonte, no qual será discutido se vamos continuar com este projeto ou se reivindicaremos o casamento civil, conforme foi aprovado na Argentina, Portugal e Espanha. Tudo será discutido minuciosamente. O nome social para pessoas trans também é nossa prioridade.
Você acha que os e as LGBTs podem esperar um bom ano no governo Dilma?
Pelo que acompanhei na campanha da presidenta Dilma e todos seus ministros e assessores, estou esperançoso. Ela pessoalmente é muito simpatizante dos direitos humanos de todos e todas, inclusive dos e das LGBTs. Dos 37 ministros, a maioria absoluta é favorável a nossos direitos. Vamos acompanhar direitinho passo a passo, e cobrar de forma inteligente para que dê resultado.
Quais seriam as três prioridades da agenda do movimento em 2011?
A execução das 166 ações do Plano Nacional LGBT no Executivo. No Legislativo, a aprovação de leis que criminalizem a homofobia, reconheçam a união estável, assim como o nome social das pessoas trans.
Quanto ao Judiciário, a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal da ADPF e das ADINs que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o nome social das pessoas trans.
Claro, sempre defendendo o Estado Laico, contra o fundamentalismo religioso hoje muito presente no Congresso.
Pelo que acompanhei na campanha da presidenta Dilma e todos seus ministros e assessores, estou esperançoso. Ela pessoalmente é muito simpatizante dos direitos humanos de todos e todas, inclusive dos e das LGBTs. Dos 37 ministros, a maioria absoluta é favorável a nossos direitos. Vamos acompanhar direitinho passo a passo, e cobrar de forma inteligente para que dê resultado.
Quais seriam as três prioridades da agenda do movimento em 2011?
A execução das 166 ações do Plano Nacional LGBT no Executivo. No Legislativo, a aprovação de leis que criminalizem a homofobia, reconheçam a união estável, assim como o nome social das pessoas trans.
Quanto ao Judiciário, a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal da ADPF e das ADINs que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o nome social das pessoas trans.
Claro, sempre defendendo o Estado Laico, contra o fundamentalismo religioso hoje muito presente no Congresso.
http://paroutudo.com/noticias/2011/01/11/ativismo-brasileiro-pode-abandonar-luta-por-uniao-estavel-e-passar-a-exigir-casamento-homo/
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