terça-feira, janeiro 04, 2011

*Nota Não ao apartheid LGBT no Samba*

*Nota Não ao apartheid LGBT no Samba*

Hoje foi divulgada pelo Jornal O Dia que a Escola Unidos da Tijuca
inaugurará no próximo sábado um banheiro LGBT em sua quadra. Essa proposta,
se aplicada, é uma sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a
violação aos direitos humanos.

Uma idéia de apartheid carnavalesco. Em épocas do passado recente, era a
segregação racial, agora a teremos a  inauguraração da segregação ao
homossexual?

Primeiro que a ídéia de banheiro LGBT é um grande absurdo preconceituoso e
ao mesmo tempo uma confusão conceitual.

L = Lésbica, que é mulher. A mulher lésbica vai compartilhar um banheiro com
os homens gays? E as mulheres bissexuais?

G = Gay, que é homem, ou do gênero masculino. Portanto é para ser usuário do
banheiro masculino.

B = Bissexual, pessoa que pode ser do sexo/gênero masculino ou feminino.
Nesse caso usa-se o banheiro para cada Gênero.

T = Travestis e Transexuais, que conhecidamente vivenciam o gênero feminino,
que neste caso usam o banheiro feminino e nos casos de transexuais que
vivenciam o gênero masculino usam o banheiro masculino.

O que acontece que essa proposta, se a intenção era a de incluir ou de
proteger os LGBT de preconceitos,  tenham certeza, que ela exclui,
estigmatiza, extrapola o bom senso e estimula a homofobia, cristalizando uma
idéia de segregação, além de retornar a períodos eugenistas de tratar a
sexualidade com medidas sanitaristas. Lembram na década de 80, do surgimento
da categoria "grupo de risco"? Que tanto gerou violação aos direitos de
nossa comunidade.

Uma pena saber ainda que Ferenando Gabeira fará a inauguração do banheiro já
que não tem nenhuma outra iniciativa mais concreta para de atuação
legislativa para a nossa comunidade. Que triste destino de Gabeira! Ele que
era na década de 70 um dos paladinos da liberdade e hoje se prestará ao
serviço de ser o porta voz do *apartheid* contra LGBT.

Parece uma proposta estilo "bobo da corte", de brincadeirinha, porém ela é
uma famigerada ação, que se confirmada, de produção de novas mentalidades
autoritárias e hegemônicas, onde o diferente deve ser segregado.

Hoje temos a feliz notícia que foi publicada a Comissão Processante da LEI
3406 de 2000, de autoria do Deputado Carlos Minc, que penaliza
estabelecimentos comerciais ou congêneres, com advertência, multa ou até
cassação do alvará de funcionamento em casos de discriminação contra LGBT,
sendo uma das proibições o tratamento diferenciado que pode gerar
constrangimento e violação aos direitos. A proposta se aplicada pela escola
optará pelo caminho inverso da lei.

Cláudio Nascimento
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de
Janeiro

Um comentário:

Anônimo disse...

Não ao apartheid LGBT no Samba!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

isso é um absurdo, preconceito é crime

R Chonchol