domingo, dezembro 05, 2010

Homofobia em Hortolândia


Jovens gays sofrem tentativa de homocídio em Hortolândia (SP)

Repassando e-mail do meu amigo Fábio Silva, vice-presidente da UJS/Campinas e professor de WebTV da Escola Jovem LGBT:

Na madrugada desta terça-feira, 30, em Hortolândia, cidade da região metropolitana de Campinas (SP), ocorreu um ato de homofobia, dando sequência a uma tentativa de homocidio(homicídio contra homossexuais, motivado por homofobia), seguido de assalto.

As vítimas, Fábio Silva (25) e L. (19), estavam no portão da casa de Fábio, quando foram abordados por dois homens armados. O primeiro perguntou "vocês são viados?", ao que L. respondeu "E se for, tem algum problema?"


Fabio Silva narra a sequência dos fatos: "O comparsa estava na esquina vigiando, após a resposta de L., o agressor avançou sobre ele, puxando-o pelo pescoço, jogando-o na calçada da minha casa. Fui pra cima pra defendê-lo, quando ele sacou a arma, soltou a trava de segurança, mirou no rosto do L. e puxou o gatilho. Eu estava esperando o barulho do tiro mas só ouvi o "click". Pedi desesperado pra ele deixar disso. O criminoso homofóbico mandou a gente sentar na calçada e pediu meu celular. Ele nos manteve ali por muito tempo, falando coisas horríveis. Não passou nenhum vizinho, nenhum carro, nenhuma viatura policial. Pensei que iámos morrer. O L. mora próximo a minha casa e eu sempre vou buscá-lo no ponto de ônibus quando ele chega do trabalho, à uma da manhã. Naquele dia, ele quem me acompanhou até casa, fazendo o inverso da nossa rotina. E aí foi o azar. Não estávamos expostos, sequer estavamos demonstrando um comportamento que pudesse levantar suspeitas, quando os agressores surgiram".


O caso foi registrado na delegacia de Hortolândia apenas como assalto. As vítimas estão encaminhando uma denúncia formal de homofobia ao Centro de Referência LGBT de Campinas e à Defensoria Publica do Estado De Sao Paulo.

Comentário: Primeiro os pais dizem que preferem "filho morto do que filho viado". Depois as igrejas afirmam que "homossexuais são coisas do demônio". E um deputado federal diz que pro filho deixar de ser gay é só "dar umas palmadas nele". Daí pro povo sair matando gays na rua é um pulo. Em 2010 bateremos o recorde de LGBT assassinados no país, mais de 200.

Até quando?

ATUALIZAÇÃO: Este é Fábio Silva:
Como diria o Entei, ta tudo bem agora...
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