sexta-feira, setembro 03, 2010

Fidel assume culpa por perseguição a homossexuais em Cuba há 50 anos


31/08/2010 - 16h44

Fidel assume culpa por perseguição a homossexuais em Cuba há 50 anos

O ex-ditador cubano Fidel Castro assumiu a culpa pela onda homofóbica empreendida por seu governo há quase cinco décadas, quando marginalizou os homossexuais e os enviou a campos de trabalho agrícolas forçados, acusando-os de serem "contrarrevolucionários", disse ele ao jornal mexicano "La Jornada".


Fidel afirmou, na segunda parte de uma entrevista publicada nesta terça-feira, que é o principal responsável pela perseguição aos homossexuais na ilha há 50 anos. Ele lamentou não ter corrigido essa falha por estar envolvido na defesa do país.

"Sim, foram momentos de grande injustiça, uma grande injustiça! Fomos nós que fizemos, fomos nós... Estou tentando diminuir minha responsabilidade em tudo isso, porque, pessoalmente, eu não tenho esse tipo de preconceito", acrescentou.

"Escapar da CIA [agência de inteligência americana], que comprava tantos traidores, às vezes entre pessoas próximas, não era coisa fácil. Mas, no fim, de todas as formas, se tem que assumir a responsabilidade, assumo a minha. Não vou jogar a culpa nos outros", afirmou.

Fidel, que acaba de completar 84 anos, reapareceu em público no começo de julho, após quatro anos de reclusão recuperando-se de uma doença.

Na segunda-feira, ele tinha dito, na primeira parte da entrevista ao "La Jornada", que chegou a perder a vontade de viver, mas que hoje se sente ressuscitado e com muito por fazer.

O líder cubano nunca revelou qual foi a doença intestinal que o obrigou a transferir o poder a seu irmão Raúl em 31 de julho de 2006 e que classificou, no passado, como um segredo de Estado.

PERSEGUIÇÃO

"Pense você em como eram os nossos dias nos primeiros meses da revolução: a guerra com os ianques, a questão das armas e, quase simultaneamente a eles, os planos de atentado contra minha pessoa", afirmou. Mas ele reiterou: "Se alguém é responsável, sou eu", disse, sobre o preconceito aos homossexuais.

Desde a década de 1990, o homossexualismo vem sendo mais tolerado na ilha, inclusive por militantes do Partido Comunista, ainda que os homossexuais não tenham parado completamente de receber o assédio da polícia.

A psicóloga cubana Mariela Castro Espín, filha do presidente Raúl Castro, converteu-se em uma defensora das minorias sexuais, promovendo, nos últimos anos, cirurgias de mudança de sexo e o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo.

"Estou preparando uma carta para a direção do PCC (Partido Comunista de Cuba), onde estou solicitando que essas pessoas (homossexuais) não sejam discriminadas pela sua orientação sexual ou orientação de gênero", afirmou Mariela em declarações à imprensa nos últimos meses.

2 comentários:

ADHT - Assoc. para Defesa dos Heterossexuais contra quaisquer abusos ou crimes ciberneticos disse...

O aautor do texto acima é mesmo sádico. Por que ele não foi a outros paises fazer entrevista com outros presidentes. Por que logo Fidel Castro que apoio os grupos de guerrilheiros nas decadas de 60/70 permitindo-os ir a seu pais para receber treinamento de guerrilha? Julgo esta matéria falsa pois jamais um ditador que matou 17.000 pessoas por lutar por mais liberdade, iria colocar homossexuais tambem contrarios ao seu regime para realizar trabalho forçado. Jean INVENTA OUTRA, PORQUE ESTA NÃO COLOU.
ADHT - Associação para Defesa dos Heterossexuais e contra quaisquer abusos ou crimes ciberneticos.
Presidente Brasiliero,
Dr. M. Vieira

ADHT - Assoc. para Defesa dos Heterossexuais contra quaisquer abusos e crimes ciberneticos disse...

Ola'Jean,

Vamos ver a democracia que voce defende sendo candidato a deputado estadual. Peço a publicação de nosso artigo, como garante a nossa carta Magna.
ADHT - Brasil
Presidente
Dr. M. Vieira