Sexta estaremos novamente com vocês no Largo de São Francisco da Prainha, nossa sede social a céu aberto há 18 carnavais!
Quem foi ao último samba, viu que estamos passando por uma grande transformação. Ganhamos um palco e fomos pro meio da praça, que agora “é do povo, como o céu é do avião...”. As barracas passaram pro entorno. Ficou bonito.
Claro que ainda estamos – todos – nos acostumando com palco, luzes, etc. Também sentimos falta da intimidade e do despojamento do canto da rua, que certamente nos deixava mais à vontade. Ou, antes ainda, quando, até 96-97, tocávamos no bar da dona Sonia, na esquina, que pegou fogo. Por incrível que pareça, quando chovia, tocávamos – todos! – dentro do bar, músicos e público... no total uns 100 gatos pingados (literalmente). Tantos anos depois, já com milhares de pessoas na rua e sem nenhuma infra-estrutura, há dois meses tivemos que optar entre pendurar as chuteiras e parar... ou pedir socorro: não dava mais pra assumirmos sozinhos o trabalho, as responsabilidades e as articulações pra fazer um evento desse tamanho na rua. Optamos pela segunda alternativa e felizmente fomos acolhidos pela Secretaria de Cultura, que nos abrigou em sua programação de eventos na rua, junto com a Riotur, que continua nos cedendo as grades.
Vamos em frente. Crescer é assim mesmo... Perdas e ganhos. O ganho principal, sem dúvida, foi a chegada da maioria de vocês, cabrochas e a rapaziada de todas as idades que foi se juntando à gente. Não queremos voltar atrás nisso. Vamos, então, nos descobrindo no novo formato e daqui a pouco já estaremos completamente em casa...
Estamos em um momento de apoios fundamentais: além da prefeitura, tivemos, na última sexta, a visita de toda a diretoria da liga dos blocos portuários: Coração das meninas, Escorrega mas não cai, Banda da Conceição, Pinto Sarado, Afoxé Filhos de Gandhi e Prata Preta. No evento de novembro teremos a canja do pessoal do Samba na Fonte, que, às quartas-feiras canta sambas inéditos na Pedra do Sal. Obrigada do fundo do nosso quintal!
E então é isso. Sexta esperamos vocês! Como toda roda de setembro, comemoraremos o aniversário das moças do conjunto: Claudia, Eliane (eu) e Rosita. E também do Carlão que, como é bastante evidente, não é uma moça, mas também faz aniversário. Teremos bolo e muitas velinhas (eu disse velinhas sem H! Por favor atentem a esse detalhe que é muito importante para nós... A canja do intervalo é do conjunto Nó Molhado, que já esteve com a gente fazendo um samba de primeiríssima.
Beijos a todos e até sexta!
Eliane (p/ Escravos da Mauá e p/ Fabuloso Grupo Eu Canto Samba)
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