2ª Caminhada e Seminário de Lésbicas e Mulheres Bissexuais coroam o mês dedicado a elas
O Governo do Estado do RJ, através da Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos (SuperDir) e dos Direitos da Mulher (Sudim) da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos apoiou uma série de eventos para celebrar o Mês da Visibilidade Lésbica. No último domingo, 29/8, a orla de Copacabana foi o cenário da 2ª Caminhada de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, que contou com as principais ativistas deste segmento, simpatizantes e com o Superintendente Cláudio Nascimento.
"Como fizemos ano passado, concluímos mais um apoio a estas mulheres que lutam pela erradicação de várias formas de discriminação contra as mulheres lésbicas e bissexuais. São mulheres de muita luta e nós, enquanto poder público, devemos ter o compromisso e a preocupação com a violência cotidiana que sofrem. É nosso dever garantir e assegurar seus direitos de cidadania”, afirma o Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, Cláudio Nascimento, em frente ao trio que acompanhava a caminhada ao som da DJ Kika.
Identidade e Movimento: conceitos a se debater
O 2º Seminário de Lésbicas e Mulheres Bissexuais teve duração de dois dias seguidos (27 e 28/8), no Centro de Formação Adauto Belarmino (SuperDir) e no auditório do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (Sudim). A mesa de abertura contou com a presença da Superintendente Cecília Soares, a advogada Cris Simões, representando a SuperDir; a coordenadora geral do Movimento D’ELLAS, Yone Lindgren; e Neusa Pereira, representando o Grupo Coisa de Mulher.
Para a presidente do Grupo Triângulo Rosa e conselheira LGBT do Estado do RJ, Ana Cristina Costa, “as mulheres puderem mostrar um pouco de sua cultura, apesar da dificuldade de levantar a bandeira LGBT”.
Logo em seguida, tomou a palavra a presidente da Associação de Travestis e Transexuais do RJ, Majorie Machi que sublinhou a necessidade de união deste movimento com o de lésbicas e bissexuais; por entender que elas compartilhavam da mesma identidade de gênero e por este motivo sofriam com a misoginia. “Não podemos mais nos contentar com as vice-presidências de conselhos, ONGs e associações. Temos que parar de nos preocuparmos com a posição das letras das siglas e nos empoderarmos para desempenharmos posições de liderança!”, salientou a travesti.
Renata Esteves, relações-públicas do Grupo Iguais de Cabo Frio e conselheira estadual LGBT achou o seminário bem vantajoso. “Espero que todas as informações, ideias e propostas sejam postas em prática por nós, lésbicas e mulheres bissexuais”, afirmou.
A coordenadora geral do Movimento D’ELLAS e conselheira estadual LGBT, Yone Lindgren disse que “a importância dos eventos pelo Mês do Orgulho e Visibilidade Lésbica se verifica através da parceria entre sociedade civil e Governo do Estado (parceria que vai além do mês comemorativo). Visibilidade da forma que se precisa para políticas públicas e inclusão de direitos. Ambas as partes com as mãos na massa e a luta na mente!”, orgulha-se.
O Mês da Visibilidade Lésbica é realizado pelo Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Rio de Janeiro, Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, COLERJ, Grupo de Mulheres Felipa de Sousa, Movimento D'ELLAS, Grupo Triângulo Rosa, Grupo Espelho de Vênus, Coisa de Mulher, Grupo Cabo Free, Grupo Arraial Free e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e da Superintendência de Direitos da Mulher da Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos.
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