O Estado brasileiro pode estar dando um dos maiores tiros nos seus pés ao impedir que casais homoafetivos adotem bebês, crianças ou adolescentes.
Pelo menos no que se refere a possibilidade dessa concessão vir a se tornar realidade, ela será parcial e como falei em outro espaço, minha leitura é um pouco diferente.
Ao retirar das pessoas adotadas a possibilidade de herança e etc o estado brasileiro retira-lhes o previsto na Constituição Brasileira: tod@s são iguais perante a Lei.
Só nos falta dizer: que Lei? Se existe direitos para algumas e não para outras a isonomia inexiste. Vejo isso como mais um artifício para atingir as pessoas homoafetivas todavia o estado acaba repassando essa sub-cidadania as adotadas e adotados. O peso e a carga psicológica que isso implica já deve ser esperado pelo estado.
Só falta me responder uma pergunta. O tempo vai passar. Milhares de crianças deixarão de ser adotadas e viverão em lares custeados pelo estado até determinado ano de vida e depois? As distribuirão direto nas cadeias? Conforme o que preceitua o Estatuto da Infância e da Adolescência cabe ao Estado essa responsabilidade.
Como operacionalizar isso?
Usando dinheiro do Patrimônio Público que restaura igrejas e templos homofóbicos, ou que os subsidiam através do não pagamento de impostos?
Usando dinheiro que vai ser gasto nas próxima copa do mundo?
Há mais que preconceito e ignorância nessa história toda em relação a bebês, crianças e adolescentes não adotad@s, além do que já se sabe como são os casos de pedofilia, por exemplo.
Há medo. Há falta de ousadia! Há falta de atitude.
Este é um Estado que está se rendendo aos poucos as expectativas de tradicionalistas e fundamentalistas?
Nestas eleições me preocupam as exigências das alianças feitas pelos partidos e que venha envolver pessoas para adoção e pessoas que querem adotar, e tem condições para tal, já que está mais do que aprovado que pessoas homoafetivas "não contaminam"pessoas adotadas com suas orientações sexuais. Não.
De repente, enquanto escrevo estas poucas palavras me vem a mente aquelas frases homofóbicas sendo gritadas as pessoas adotadas quando a época da abertura para as separações, consensuais ou não, e com a instituição do divórcio. Impossível não fazer tal comparação já que a origem é a mesma. A falta de atitude cidadã do próprio Estado em relação as suas atitudes com vistas a um estado laico e que funcione de fato é fato.
Isso não é impedimento de adoções pura e meramente?
Faria parte de um projeto maior de desvio de atenção devidamente contemplado, planejado?
Pode ser um plano não anunciado cujas consequências serão terríveis para bebês, crianças, adolescentes, possíveis pais e mães?
Eu não sei o que você pensa disso. Gostaria de saber.
-----------------------------------------------
Obrigado por ler!
Roberto.L.Warken
Site Pessoal: http://www.warken.floripa.com.br
Obrigado por ler!
Roberto.L.Warken
Site Pessoal: http://www.warken.
Nenhum comentário:
Postar um comentário