quinta-feira, junho 03, 2010

O autor Silvio de Abreu, de "Passione", afirmou que atores gays devem ficar no armário

Salvador,Ba, 26/05/2010 18h30 - por MARCELO CERQUEIRA - www.ggb.org.br

Novelista Silvio de Abre.

As declarações do novelista de “Passione” Silvio de Abreu cairam feito bomba na comunidade homossexual brasileira. A reação foi de pura indignação com posicionamento do autor sobre assumir e ficar no armário. Diretamente de Roma onde trabalha por um mês o antropólogo Luiz Mott teve acesso as declarações do novelista Silvio de Abreu e respondeu as críticas através de nota a imprensa.

O novelista declarou a colunista da Folha de São Paulo Mônica Bergamo que "Ator que assumir que é gay é bobo". Na resposta Mott disse ao novelista “Ator que se assume gay não é bobo não, como defendeu o novelista Silvio de Abreu: é honesto consigo próprio e com seus fãs” declarou o ativista decano do movimento homossexual brasileiro. Mott também acredita que cada um se assume negro, judeu, soropositivo, gay, quando e com quem achar melhor, mas o ativista é categórico na critica quando o assunto é assumir ou ficar no armário. “Viver no armário é compactuar com a mentira, com a homofobia que mata um homossexual a cada dois dias no Brasil”, conclui Mott gay assumido há 35 anos e não se arrependo um minuto!

A homofobia tem sido a verdadeira praga do século XXI. A homofobia internalizada é o maior problema porque nem os psicólogos têm a capacidade de resolver esses conflitos dos homossexuais que não estão em sintonia com o seu ego. Esses homossexuais egos diatônicos são apenas gays de cama, ativos ou passivos desfrutam da homossexualidade sem desenvolver uma identidade negada pela homofobia internalizada. Na opinião de Leo Mendes, ativista gay da cidade de Goiânia em Salvador participando de evento afirma que homossexuais envenenados com a homofobia interna são os piores seres humanos. “As piores pessoas homofobicas são esses gays que assumem o poder e pregam contra a homossexualidade”, disse.

Leo Mendes é favorável às declarações do colega ativista Luiz Mott em relação assumir e permanecer na gaveta. Para ele ficar no armário é se misturar com baratas, traças, mofo e ácaros nocivos a saúde física e mental. Leo Mendes acredita que esses gays públicos, ricos e que vivem em bolhas de luxo, poder e glória da mídia não tem noção da realidade das pessoas homossexuais que vivem em comunidades cercadas de violência e carências diversas. Muitas delas exploradas, inclusive pelas milicias do tráfico e prostituição.

As estatísticas do GGB apontam que a cada dia um homossexual é assassinado no Brasil vitima da homofobia da sociedade. “É um choque ouvir essas coisas de formadores de opinião”, diz Mendes. “Esses gays homofobicos só lembram o que são quando vão pra cama fazer ativo ou passivo”, conclui Leo Mendes.

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